Emprego formal surpreende com 211 mil vagas abertas em setembro
Mercado de trabalho formal registra saldo positivo de 211,7 mil carteiras assinadas em setembro, de acordo com os dados do Caged
30/10/2023Após a criação de 219.330 vagas em agosto (dado revisado nesta quarta-feira, 30), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 211.764 carteiras assinadas em setembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.
O resultado do mês passado decorreu de 1.917.057 admissões e de 1.705.293 demissões. Em setembro de 2022, houve abertura de 278.023 vagas com carteira assinada, na série ajustada. O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, e o resultado veio acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que era de saldo positivo de 202.132 vagas. As projeções indicavam a abertura líquida de 140.900 a 269.201 vagas em agosto.
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No acumulado dos nove primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 1.599.918 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 2.179.740 postos formais.
A abertura líquida de 211.764 vagas de trabalho com carteira assinada em setembro no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 98.206 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 43.465 vagas. Já a indústria geral criou 43.214 vagas em setembro, enquanto houve um saldo de 20.941 contratações na construção civil. Na agropecuária, foram criadas outras 20.941 vagas no mês.
São Paulo lidera abertura de vagas de emprego formal em setembro
No nono mês do ano, as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 47.306 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi do Acre, que registrou abertura de 360 vagas em setembro.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.032,07 em setembro, ante R$ 2.040,14 registrado em agosto. Comparado ao mês anterior, houve recuo de R$ 8,07 no salário médio de admissão.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, manteve nesta segunda-feira, 30, a projeção da pasta de terminar o ano com um saldo positivo de cerca de 2 milhões de vagas, embora o dado seja “arredondado”, podendo ser menor, em cerca de 1,9 milhão, apontou. Na avaliação do ministro, apesar do ritmo de criação de vagas estar menor em relação ao ano passado, o cenário é positivo se comparado a outros primeiros anos de governos.
“Eu vejo como número bastante positivo em relação ao demais períodos de início de ciclo”, disse Marinho, ponderando ainda que o final de 2023 pode ter características diferentes de outros anos. “É possível que esse ano ao fim possa ter característica diferente, vamos aguardar, são 90 dias, não há razão para sofrimento, a gente aguarda os resultados”, complementou.
Após a criação de 219.330 vagas em agosto (dado revisado nesta segunda-feira), o mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 211.764 carteiras assinadas em setembro, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda pelo Ministério do Trabalho. No ano, o saldo acumulado é de 1.599.918 vagas.
O ministro ainda avaliou que as medidas adotadas pelo governo podem ter maior impacto na geração de emprego no próximo ano. “A reorganização dos processos leva tempo maior que o nosso desejo, mundo real é mais lento que as vontades de governos”, respondeu em coletiva de imprensa. (AE)