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Carteira de crédito privado inclui CRA de Cerradinho e debênture de CCR

Carteira recomendada do Safra para crédito privado exclui CRI de MRL e debênture da Energisa MT, devido à baixa liquidez dos ativos

Credito Privado

O Safra manteve uma carteira diversificada, exposta aos setores de proteína animal, varejo, açúcar e etanol, transporte ferroviário e rodovias | Foto: Getty Images

A carteira de crédito privado do Safra contempla 5 títulos, podendo estar atrelados ao IPCA ou CDI, e são selecionados de acordo com o perfil de crédito do emissor, spread negociado no mercado secundário e liquidez.

Para o mês de junho, o Safra incluiu 2 papéis na carteira de crédito privado: o CRA de CerradinhoBio e a debênture de CCR. Foram retiradas, portanto, o CRI de MRL (MRV&Co) e a debênture da Energisa MT, devido à baixa liquidez desses ativos para distribuição. Assim, a composição da carteira ficou da seguinte maneira: CRA de Marfrig (2026), CRI de Havan (2027), debênture de VLI Multimodal (2028), CRA de CerradinhoBio (2029) e debênture de CCR (2036).

Quanto ao setor, o Safra manteve uma carteira diversificada, exposta aos setores de proteína animal, varejo, açúcar e etanol, transporte ferroviário e rodovias. Importante dizer que todos os nomes indicados na carteira possuem bom perfil de crédito, mesmo aqueles em setores que são mais impactados pelos efeitos da inflação.

Visão Macroeconômica para decisões de investimento em crédito privado

Os dados do IPCA-15, divulgado em 24/maio, acenderam o alerta quanto à persistência e disseminação da inflação entre os setores, levando a discussões pelos agentes do mercado se o Banco Central deverá parar o aperto monetário em junho, com a Selic em 13,25%, ou elevar mais os juros. Seja qual for a decisão do Copom nas próximas reuniões, nos parece que um cenário de queda na Selic está mais distante, bem como o cumprimento da meta da inflação em 2023.

Quanto a atividade econômica, os dados de março de varejo e serviços surpreenderam positivamente. O varejo ampliado teve crescimento de 4,5% (março vs. fevereiro), mas diante dos efeitos de um cenário inflacionário, aperto monetário e endividamento das famílias, a perspectiva para o setor não é positiva para 2022.

O setor de serviços registrou crescimento de 1,7% (março vs. fevereiro), destacando-se os serviços prestados às famílias (+2,4%), que de acordo com dados da FGV IBRE, encontra-se 12% abaixo do nível verificado em fev/20 (pré-pandemia). Por último, vemos a indústria de transformação (queda de 0,6% em março) ainda lidando com falta de insumos básicos, intensificado pelos lockdowns na China e guerra na Ucrânia.

Por falar em cenário internacional, os países emergentes enfrentam, de um lado, o risco de saída de dólares por conta de juros mais altos nas economias desenvolvidas e, de outro, os efeitos de uma possível desaceleração do crescimento chinês. No meio disso, a moeda brasileira teve um bom desempenho frente a outras moedas emergentes em razão da atuação antecipada do BC para conter a inflação e o perfil exportador de commodities do país, favorecendo a entrada de dólares.

Mercado Local

A curva de referência NTN-B teve abertura mais acentuada no curto prazo, voltando a apresentar uma inversão. Na parte intermediária observamos leve fechamento e maior estabilidade no longo prazo. Em nossa visão, a curva está “precificando” o cenário de disseminação da inflação no curto prazo. A curva DI futuro teve abertura, em razão de efeitos externos, política fiscal e dados de inflação. Observamos, contudo, que a possibilidade de aprovação do ICMS de 17% e a ata do FED, ajudaram a suavizar a abertura da curva na última semana.

Nesse sentido, a recomendação do Safra é o carrego de ativos atrelados à inflação, capturando os bons rendimentos, e a alocação em ativos de médio e longo prazo. Além disso, o Safra recomenda a aplicação em papéis atrelados ao CDI, em vista do juro real em patamares elevados.

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