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Celular Seguro: como se cadastrar na plataforma contra crimes financeiros

Plataforma de segurança permite bloquear rapidamente o celular roubado para evitar golpes financeiros usando as contas bancárias

celular seguro

Para se registrar, é preciso estar cadastrado no gov.br. O acesso a aplicativos de internet banking também ficará inacessível, evitando fraudes financeiras | Foto: Getty images

Um “botão de emergência” para impedir o acesso de criminosos a aplicativos financeiros e dados pessoais em caso de roubo ou furto de celulares já está disponível para a população. O aplicativo e o site Celular Seguro, lançados pelo governo federal, permitem bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques.

“Estamos construindo um botão de emergência, para que a pessoa rapidamente aperte e as operações fiquem bloqueadas, para que ela possa reorganizar sua vida com mais calma, sem ter a agonia de uma hora para outra parar sua vida para fazer 300 ligações para bloquear uma série de canais que expõem ela a crimes financeiros e golpes”, explicou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli.

Saiba mais

A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo Capelli, o Celular Seguro tem o objetivo de reduzir a atratividade do delito e desestimular a receptação de aparelhos roubados, que acaba incentivando o delito.

“O objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil. No momento em que o aparelho é bloqueado nas redes, a linha, o acesso bancário e os aplicativos de forma rápida reduz muito a atratividade do delito e reduzirá muito também os roubos e furtos”, disse.

Em 2022, foram registrados 999.223 roubos e furtos de celulares no país, segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mas, segundo Capelli, tudo indica que a subnotificação ainda é muito grande em função dos caminhos que os usuários têm que percorrer atualmente para fazer o bloqueio da linha e do aparelho.

Nesta terça-feira foram assinados memorando com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi.

Também foram firmados protocolo de intenções com empresas como Google, Uber, 99, Zetta, Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Firmaram adesão ao aplicativo a Conexis Brasil Digital e as empresas Claro, Vivo e TIM.

Como funciona o programa Celular Seguro

O aplicativo para sistemas Android e IOS estará disponível a partir desta quarta-feira. O serviço pode ser acessado pelo site Celular Seguro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Após baixar o aplicativo ou acessar o site, é preciso fazer o login por meio da conta gov.br. O usuário deverá cadastrar seu aparelho informando o número, marca e modelo. Pode ser registrado mais de um dispositivo, mas a linha deve estar cadastrada no CPF do usuário.

O sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.

Após descrever quando, onde e como ocorreu o problema, o sistema emitirá alertas para instituições participantes, para que tomem as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos financeiros, do aparelho e da linha telefônica.

O bloqueio da linha telefônica, por meio do chip, estará disponível no aplicativo a partir de 9 de fevereiro. Até lá, será preciso continuar bloqueando a linha entrando em contato com a operadora de telefonia.

Celular Seguro: perguntas e respostas

Abaixo, confira como cadastrar seu celular e as pessoas de confiança, que poderão efetuar o bloqueio a partir da autorização do titular da linha.

  1. O que é o Projeto Celular Seguro?

O Projeto Celular Seguro é um aliado no combate ao roubo e furto de telefones celulares no Brasil. A partir do site e do aplicativo, o cidadão pode efetuar o bloqueio de seu aparelho em caso de roubo, furto ou extravio. Para isso, é preciso cadastrar seu telefone e os dados de pessoas de confiança na ferramenta. Para se registrar, é preciso estar cadastrado no gov.br. O acesso a aplicativos de internet banking também ficará inacessível, evitando fraudes financeiras.

  1. Como funciona o aplicativo?

O primeiro passo para o usuário é ter um cadastro ativo no gov.br para acessar o site ou o aplicativo, disponível para Android e iOS. No caso de roubo, furto ou extravio, basta entrar na ferramenta e comunicar o caso para que instituições e empresas participantes do projeto (ver lista) possam tomar as providências necessárias para o bloqueio do celular e a suspensão de serviços digitais.

  1. Fiz a denúncia, e agora?

Quando o usuário faz a denúncia, as instituições e empresas participantes do projeto (ver lista) recebem um alerta. A partir disso, cada uma efetuará uma ação. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estarão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo. O objetivo é inibir o uso dos dados do cidadão de forma fraudulenta. É importante destacar que, mesmo com o registro no Celular Seguro, o usuário deverá informar a ocorrência às autoridades policiais, operadoras de telefonia e demais participantes do projeto.

  1. Então a denúncia no site ou aplicativo Celular Seguro funciona como um boletim de ocorrência?

Não, o registro no aplicativo é exclusivamente para a suspensão dos serviços digitais dos participantes do projeto. Assim, é muito importante que o usuário faça as comunicações perante as autoridades policiais, operadoras de telefonia, bancos e demais participantes do projeto.

  1. Após o bloqueio, em quanto tempo o usuário consegue acessar novamente as contas, por meio de um outro aparelho celular?

Cada instituição e empresa participante do projeto (ver lista) tomará as ações pré-definidas, que estarão especificadas nos termos de uso do site e do aplicativo. Para a liberação dos serviços, o usuário deverá procurar as empresas onde teve as contas bloqueadas para fazer a nova liberação de acesso, de acordo com a política antifraude de cada instituição.

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