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Chile já vacinou metade da população-alvo com 1ª dose

País andino já vacinou 7,6 milhões de pessoas e conseguiu reduzir internações de idosos, mas enfrenta segunda onda de contágio

Vacinação no Chile

País é um dos líderes mundiais em vacinação, mas enfrenta agravamento de contágio após abertura e liberação de viagens | Foto: Getty Images

As autoridades sanitárias do Chile anunciaram que 50% de sua população-alvo (80% do país) recebeu pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Foram 7,6 milhões de pessoas vacinadas com imunizantes do laboratório chinês Sinovac e da Pfizer/BioNTech, únicos administrados no país andino.

Rapidez da vacinação protegeu idosos

A população-alvo corresponde a 15,2 milhões de pessoas (80% dos 19 milhões de habitantes do país). Do total vacinado, 5,1 milhões receberam as duas doses, o que equivale a 32,7%.

Em março, Chile se tornou o país que mais rápido vacinou contra a covid-19 no mundo. Agora é o terceiro que administra mais novas doses diárias, atrás de Israel e Emirados Árabes Unidos, de acordo com dados da Universidade de Oxford.

O país está realizando um dos processos de imunização mais bem-sucedidos do mundo, com o qual conseguiu reduzir o número de internações de idosos.

Segunda onda de covid-19 está matando mais

Mas o governo ainda não foi capaz de conter a propagação do vírus e o país está  imerso na segunda onda de infecções por covid-19.

Nesta quinta-feira, 15, as novas infecções chegaram a 7.357 e foi registrado um recorde de óbitos em 24 horas: 218.

É o maior número desde o primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus registrado no país, em março de 2020.

“O número de óbitos é maior porque o serviço de Registro Civil durante o sábado e o domingo sofre um atraso na entrega dos dados. Obviamente temos um aumento no número de óbitos, mas a média fica em torno de 100 ou 110 óbitos por dia”, explicou o ministro da Saúde, Enrique Paris, em entrevista coletiva.

País permanece com as fronteiras fechadas

O Chile acumula mais de 1,1 milhão de infectados e quase 25 mil mortes, enquanto 90% da população está em quarentena e só pode sair para realizar atividades essenciais.

Todos os estabelecimentos comerciais permanecem fechados, exceto aqueles considerados de primeira necessidade. Desde o início de abril, as fronteiras estão fechadas e um toque de recolher noturno vigora há um ano.

Internados com menos de 39 são maioria

A nova onda da pandemia levou à ocupação de 95% dos leitos de terapia intensiva do sistema hospitalar, onde, ao contrário da primeira onda, há mais pacientes com menos de 39 anos do que com mais de 70.

Especialistas indicam que o levantamento antecipado de restrições (como abertura de academias, cassinos e escolas), a autorização de viagens e a falsa sensação de segurança da população com a vacinação têm contribuído para o aumento das infecções, além das novas variantes do vírus. (AE)

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