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China reduz juros e indica novos estímulos para segurar fôlego da economia

Banco do Povo da China corta várias taxas de juros e sinaliza novas reduções nas principais taxas de empréstimos ainda em agosto

Rua de Sahngai

O corte atual ocorre no momento em que Pequim enfrenta a perda de fôlego da economia | Foto: Getty Images

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) reduziu nesta terça-feira, 15, várias de suas taxas de juros, em uma sinalização de que as principais taxas de empréstimos do país serão cortadas ainda neste mês.

O PBoC injetou 401 bilhões de yuans (US$ 55,24 bilhões) por meio de um instrumento de liquidez de médio prazo de 1 ano, a uma taxa de juros de 2,50%. Antes, esta era de 2,65%. Ele também proveu 204 bilhões de yuans em fundos por meio de acordos de recompra reversa de sete dias, a uma taxa de 1,80%. Antes, ela era de 1,90%.

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O BC da China cortou ainda juros para seu instrumento permanente de empréstimos (SLF, na sigla em inglês) em 10 pontos-base, com efeito imediato, além da taxa para o instrumento no empréstimo no overnight, a de 7 dias e a de 1 mês, a 2,65%, 2,80% e 3,15%, respectivamente. As instituições financeiras podem obter liquidez de curto prazo por meio do programa SLF do PBoC, ao usar bônus qualificados e outros ativos como colateral.

O corte atual ocorre no momento em que Pequim enfrenta a perda de fôlego da economia, o que gera pedidos de mais apoio político pelo crescimento. Economistas, porém, advertem que cortes nos juros aumentam a divergência com o quadro nos EUA, o que tende a pressionar mais o yuan.

China desacelera e registra deflação pela primeira vez em dois anos

Em julho, pela primeira vez em mais de dois anos, a China registrou deflação mensal de 0,3%. Economistas do país disseram que o recuo seria momentâneo, mas o índice se soma a outros indicadores negativos recentes sobre a saúde da segunda maior potência econômica do mundo – levantando dúvidas sobre seus efeitos para outros países.

Também em julho, as exportações recuaram 14,5% em relação a julho do ano passado, enquanto as importações encolheram 12,4% na mesma base de comparação. Além disso, no trimestre encerrado em junho a economia chinesa cresceu apenas 0,8%, depois da alta de 2,2% registrada entre janeiro e março. Anualizado, o número corresponde a uma variação de 3,2%, o menor patamar em três décadas. (AE)

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