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China libera parte da carne brasileira retida nos portos

Carregamentos de carne brasileira retidos há mais de 80 dias nos portos da China poderão passar pela alfêndega, mas exportação continua bloqueada

porto da china

O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina para a China, atendendo a cerca de 40% das importações do país | Foto: Getty Images

A Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) anunciou que aceitará pedidos de importação de carne bovina brasileira que tenha recebido um certificado sanitário antes de 4 de setembro, ou seja, antes do embargo voluntário do Brasil. Isso permitirá que os carregamentos de carne presos nos portos chineses há mais de 80 dias passem pela alfândega.

A Gacc não detalhou, porém, quanto tempo esses procedimentos levariam, ou qual o volume de produto ficou preso desde a suspensão.

Após os dois casos atípicos do “mal da vaca louca” identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG) em 4 de setembro, autoridades brasileiras, cumprindo o protocolo sanitário, suspenderam as exportações à China, seu principal parceiro comercial.

Entretanto, a carne que já estava em direção à Ásia foi impedida de passar pela alfândega na chegada à China.

O embargo às exportações foi estabelecido de forma voluntária pelo Brasil, como cumprimento ao protocolo sanitário que consta no acordo comercial entre os dois países.

As regras preveem a normalidade das negociações após investigação dos casos por um laboratório internacional, como foi feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no Canadá.

Ministério da Agricultura tenta liberar carne brasileira na China

No fim de setembro, o Ministério da Agricultura informou que a pasta que acompanha de perto a situação dos frigoríficos, mas que não tem como definir uma data para o retorno das exportações, uma vez que aguarda a decisão dos chineses.

“O Brasil foi totalmente transparente com as autoridades sanitárias chinesas, informando da possibilidade de EEB antes mesmo da confirmação oficial pelo laboratório canadense. Desde então, temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos”, afirmou na ocasião o ministério.

O Brasil é o principal fornecedor de carne bovina para a China, atendendo a cerca de 40% das importações do país, e os compradores esperavam inicialmente que o comércio fosse retomado em algumas semanas, mas até agora não há uma data para a retomada. (AE)

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