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Produção industrial da China supera expectativas e investimento cresce

Os investimentos também surpreenderam positivamente na China: houve crescimento em ativos fixos de 4,2%; confira os destaques do dia

china investimentos

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,06% no último pregão, cotado a 5.003,00 pontos | Foto: Getty Images

Dados de produção industrial na China apresentaram alta de 7% em janeiro e fevereiro na comparação com o mesmo período do ano anterior, uma expansão acima do esperado.

Os investimentos também surpreenderam positivamente na China: houve crescimento em ativos fixos de 4,2% e as vendas no varejo aumentaram 5,5%, em linha com as projeções.

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou queda de -0,74% no último pregão, cotado a 126.741,81 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 131.500 pontos e a segunda em 134.300. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,06% no último pregão, cotado a 5.003,00 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.940 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.860. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.035 e a segunda em 5.145.

Exterior:

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam no campo positivo com performance positiva de ações de empresas de tecnologia com negociação da Apple para usar mecanismo de inteligência artificial do Google no Iphone.

Doméstico:

O IGP-10 apresentou queda de 0,17% em março, abaixo da expectativa de consenso de mercado, que apontava para uma queda de 0,30%. O IBC-BR de janeiro, que é considerado uma prévia do PIB, será divulgado no início da manhã e deve mostrar uma alta de 0,6% na comparação mensal.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD86,1/b; +0,83%)
Minério de ferro apresentou recuperação após forte queda semanal (USD103,9/t; +4,04%)

Empresas:

Embraer: Lucro líquido ajustado no 4T frustra estimativas
Petrobras: Cia e Mubadala seguem conversas sobre Mataripe
Vale: Expectativa no conselho da Vale é que nome do sucessor de Eduardo Bartolomeo apareça alguns meses antes de dezembro e há chance de posse ser antecipada, diz Globo, sem relatar como obteve a informação
Petrobras: Andrade Gutierrez e Novonor vencem licitação da Petrobras de obras de refinaria: Estado
Sabesp: Cia divulga resultado na quinta-feira e a perspectiva é de que a divulgação seja seguida por novos passos rumo à oferta de ações que vai privatizar a companhia / Sabesp encerrou na sexta-feira a fase de consulta pública, que recebeu 976 sugestões da população, segundo o Estado
Weg: Cia rebaixada a neutra por Banco BTG Pactual
Marisa: receita bruta do varejo cai 41% na comparação anual, para R$ 557 mi, no 4º trimestre

Agenda do Dia:

07:00 – Zona do Euro – CPI/Fevereiro
08:00 – Brasil – IGP-10/Março
09:00 – Brasi – Atividade econômica/Janeiro
Balanços: Braskem, Grupo SBF, Itaúsa, Magazine Luiza, Stone, Vamos

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 126.742 (-0,74%)
S&P: 5.117 (-0,65%)
Dólar Futuro: R$5,00 (+0,06%)

Atualizações Safra:

Banco do Brasil: Os 7 temas-chave em nosso NDR no Rio
Realizamos um NDR com os gerentes de RI do Banco do Brasil, Felipe Pimentel e Marcelo Alexandre, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (15). Durante todo o dia, notamos um forte interesse dos 10 investidores que participaram das reuniões, com discussões intensas sobre 7 temas principais:

  • I. partes móveis do crescimento da NII implícitas no guidance;
  • II. aumento da percepção de risco no agronegócio;
  • III. concorrência e discussões sobre empréstimos garantidos por folha de pagamento;
  • IV. qualidade dos ativos no segmento corporativo;
  • V. comentários recentes do governo sobre a necessidade de estimular a concessão de crédito e a mensagem institucional transmitida na entrevista de Tarciana Medeiros (Presidente do BB);
  • VI. governança e salvaguardas para proteção da rentabilidade operacional;
  • VII. impacto da nova resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre instrumentos de captação com isenção fiscal.

I. Partes móveis do crescimento da NII implícitas no guidance
Os investidores expressaram preocupação com o acúmulo de NII para atingir o ponto médio do guidance, dados alguns ventos contrários, como contribuições menores da margem do Banco Patagônia e das margens de depósito, o que está alinhado com nossa visão. A explicação da administração consiste principalmente em três pontos:
II. Aumento da percepção de risco no agronegócio:
Os fluxos de notícias da mídia precisam ser cuidadosamente examinados. De fato, houve um aumento no risco do agronegócio, mas, na verdade, ele vem da inadimplência mais baixa de todos os tempos, devido às robustas safras passadas. Há também uma concentração significativa de empréstimos agrícolas em alguns novos veículos e participantes, como a FIAgros, mas o Banco do Brasil tem um forte histórico de relacionamento com os clientes e diversificação geográfica e de culturas (soja, milho, algodão, etc.). A visão do BB é que há um cenário claro de normalização de inadimplência em 2024 e que o que está sendo chamado de quebra de safra é, na verdade, uma decepção de volume.
III. Concorrência e discussões sobre empréstimos garantidos por folha de pagamento
Nos empréstimos consignados, um tema bastante discutido foi a concorrência, especialmente dos participantes digitais, que podem repassar parte de seu custo para atender à eficiência nas taxas. Apesar disso, o banco ainda parece ser um vencedor na portabilidade de empréstimos consignados, mantendo uma proporção de 3 aquisições de carteira para cada perda. O BB também indicou uma parametrização para igualar os lances de portabilidade em clientes com maior principalidade. Um comentário interessante é que o spread cobrado é muitas vezes competitivo, e pode haver alguma distorção na taxa mais baixa da Nu apresentada pelo Banco Central do Brasil, principalmente:
IV. Qualidade dos ativos no segmento corporativo
Grande parte da recente deterioração da carteira corporativa se deve ao segmento de PMEs, mas com alguns ajustes. A curva de coorte de PMEs para 2022 teve um pico principalmente devido ao fim do período de carência do Pronampe. Isso deve levar a provisões mais altas nos próximos 180 dias, mas será “reembolsado” com o FGO mais tarde. Os empréstimos para PMEs que não são do Pronampe não trazem preocupações significativas, na visão dos gerentes de RI, pois devem seguir um caminho dentro dos padrões esperados, com o banco se concentrando na extremidade superior do segmento (empresas de médio porte).
V. Os recentes comentários do governo sobre a necessidade de estimular o crédito e a mensagem institucional transmitida na entrevista de Tarciana Medeiro (Presidente do BB)
Apesar do barulho em relação às recentes declarações do governo de que seria possível usar os bancos públicos para reduzir as taxas de juros cobradas nos empréstimos ao consumidor, em uma entrevista recente, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, reiterou que o banco só entra em operações que sejam lucrativas. Por exemplo, quando foi implementado o teto para o crédito consignado do INSS, o banco ajustou sua operação. Nessa questão, o BNDES e a Caixa estão mais expostos à interferência política do que o Banco do Brasil, tendo em vista a participação significativa de seus acionistas minoritários.
VI. Governança e salvaguardas para proteção da rentabilidade operacional
Na visão dos gerentes de RI, há extrema cautela e salvaguardas significativas na gestão dos negócios e na estrutura interna atual. O comitê de crédito é independente das vice-presidências relacionadas aos clientes, o que limita a capacidade de manobra dos banqueiros. As operações da vice-presidência de risco são limitadas, com escrutínio meticuloso da modelagem, sempre estabelecida por meio de uma abordagem adequada.
Se a área comercial fizer alguma solicitação de desvio do parâmetro de risco, a vice-presidência de risco avalia a solicitação e decide se a aprova ou não. Muitas pessoas estão envolvidas na decisão, e há vários níveis de decisão, o que significa que não há risco de concentração do poder de decisão. Além disso, os executivos seriam responsáveis em nível individual em caso de desvio intencional. O maior sinal de alerta de possível interferência política, na opinião dos gerentes de RI, seria se a alta administração propusesse uma mudança no estatuto do banco em uma AGM com relação ao escopo do risco, à operação e às regras do comitê.

MRV & Co: Conclusões do Dia do Investidor
A MRV realizou seu dia do investidor com a participação da alta administração da empresa. Em linhas gerais, a empresa apresentou os principais pilares de sua estratégia de recuperação da rentabilidade, além de divulgar um novo guidance para a divisão de Desenvolvimento da MRV Brasil para os próximos anos.
Novo guidance para 2024 e 2025 da MRV Desenvolvimento. A empresa estima atingir: (i) receita líquida de R$8,0 bilhões-R$8,5 bilhões em 2024 e R$9,0 bilhões-R$9,5 bilhões em 2025; (ii) margem bruta de 26%-27% em 2024 e 29. 5%-31% em 2025; (iii) lucro líquido de R$250 milhões-R$290 milhões em 2024 e R$700 milhões-R$850 milhões em 2025; e (iv) geração de caixa de R$300 milhões-R$400 milhões em 2024 e R$500 milhões-R$700 milhões em 2025. No geral, nossas estimativas estão, em sua maioria, ligeiramente acima da parte inferior da orientação da empresa, com nossa previsão de lucro líquido para 2025 ficando 9% abaixo da faixa média. Também vale a pena observar que a previsão de lucro líquido da MRV para 2025, na faixa inferior, está 3% abaixo da estimativa de consenso para o lucro líquido consolidado, representando um risco de alta.

Visão de longo prazo reafirmada. A administração reforçou a estratégia de longo prazo da MRV de atingir na divisão de Desenvolvimento Brasileiro:

  • (i) 40 mil unidades vendidas por ano (vs. 37,8 mil unidades vendidas em 2023);
  • (ii) 35% de margem bruta. Vale ressaltar que a margem bruta das novas vendas alcançou 33,5% no 4T23, enquanto a empresa estima que deverá atingir a meta desejada até o ano de 2024; e
  • (iii) margem líquida de 15% (igual à geração de caixa). Enquanto isso, os executivos esperam que a MRV atinja sua meta até o ano 26. O ciclo de desenvolvimento da MRV aumentou de 18 meses para 24 meses, pois a empresa começou a atrasar o início das obras para aumentar o desempenho de vendas do empreendimento, diminuindo assim o consumo inicial de caixa. Dessa forma, as vendas de novos empreendimentos devem levar cerca de 24 meses para serem totalmente refletidas no resultado.

Avaliação do Banco Safra sobre a MRV:

A nova orientação está alinhada com os comentários da empresa nas últimas semanas, enquanto suas estimativas de médio prazo estão, em sua maioria, acima das projeções do mercado, representando possíveis riscos de alta. Enquanto isso, ainda acreditamos que a recente revisão para baixo dos lucros foi mais do que incorporada ao desempenho de suas ações. Vemos as ações da MRV sendo negociadas a um valuation atraente de 5,7x 2025 P/L, 23% abaixo de sua média histórica de 5 anos, enquanto destacamos a melhoria contínua do desempenho operacional da empresa nos últimos trimestres, o que deve beneficiar seus resultados futuros.

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