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China rebate argentino Javier Milei, que ameaça cortar relações se for eleito

Governo da China afirma que candidato argentino à presidência deveria visitar o país antes de ameaçar cortar relações diplomáticas

Javier Milei China e Argentina

Javier Milei surpreendeu ao liderar as primárias das eleições presidenciais argentinas com propostas radicais | Foto: Divulgação

O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu a declarações do candidato ultradireitista à presidência da Argentina, Javier Milei, depois que ele afirmou que pretende cortar relações com países que não respeitam a liberdade, se eleito.

“Milei pode vir à China e ver com os próprios olhos, ele vai encontrar uma resposta diferente sobre se o povo chinês é livre e a China é segura”, afirmou o porta-voz do ministério, Wang Wenbin. O porta-voz esclareceu que a liberdade pessoal de cidadãos chineses é protegida pela constituição do país e disse que o Partido Comunista da China criou os “dois milagres do crescimento econômico rápido e estabilidade social a longo prazo”.

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No último domingo, o candidato surpreendeu ao terminar as primárias das eleições presidenciais argentinas em primeiro lugar. Além dos comentários sobre a China, Milei também indicou que, se eleito, almeja retirar a Argentina do Mercosul.

Após o resultado das prévias, o Banco Central da Argentina (BCRA) confirmou na última segunda-feira a decisão de aumentar os juros básicos em 21 pontos porcentuais, em um cenário de nervosismo nos mercados locais após o surpreendente desempenho do candidato ultradireitista Javier Milei. Com isso, a taxa da Letra de Liquidez (Leliq) de 28 dias avançou a 118%, com a taxa efetiva anual em 209%.

Javier Milei, presidente da coalizão Liberdade Avança capturou uma atenção considerável do eleitorado argentino quando se colocou como “diferente de tudo que está aí”. Com seu lema de ser “contra a casta política”, Milei enfatiza que não faz parte nem da política peronista nem da oposição macrista. O discurso agradou quem está cansado da enorme crise econômica que passa o país e não foi resolvida no últimos governos de Alberto Fernández e seu antecessor Mauricio Macri.

Javier Milei ameaça cortar relações da Argentina com a China

Javier Milei é a mais nova expressão dos outsiders que irromperam na política nos anos recentes. O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, cortar o governo e fechar o banco central, cuja política monetária ruim, segundo ele, “rouba” dinheiro dos argentinos por meio da inflação. .

Estrela do atual ciclo eleitoral da Argentina, Milei tem propostas radicais. Além da dolarização da economia do país, ele propõe o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; uma gradual privatização do sistema de saúde; desregulamentação do mercado de armas; e o fim da educação sexual obrigatória. (AE)

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