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China mantém juros em meio à desaceleração econômica

Decisão do banco central chinês surpreende o mercado e faz bolsas na Ásia fecharem a semana em baixa

Fachada do PBoC, o Banco Central da China, que decide os juros, com árvore verde à esquerda

PBoC anunciou ainda uma redução na taxa dos compulsórios bancários que deverá liberar o equivalente a US$ 83 bilhões em liquidez | Foto: Getty Images

O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) decidiu deixar algumas de suas principais taxas de juros inalteradas nesta sexta-feira, 15.

O movimento frustrou expectativas de cortes do mercado mundial, apesar da desaceleração da economia na esteira de novos surtos de covid-19, e fez as bolsas asiáticas fecharem em baixa.

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Em breve comunicado, o PBoC informou que injetou no sistema financeiro 150 bilhões de yuans (cerca de US$ 23,5 bilhões) em liquidez por meio de sua linha de crédito de médio prazo, a uma taxa de 2,85%, a mesma da operação anterior.

O banco central da China também injetou 10 bilhões de yuans por meio de acordos de recompra reversa de sete dias, com juros de 2,1%, também a mesma da última operação.

Como resultado, na China continental, o índice Xangai Composto teve queda de 0,45% nesta sexta-feira, a 3.211,24 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,01%, a 2.013,87 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 0,29% em Tóquio, a 27.093,19 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,76% em Seul, a 2.696,06 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,40% em Taiwan, a 17.004,18 pontos.

Os mercados de Hong Kong e da Austrália, o principal da Oceania, não operaram hoje devido ao feriado da Sexta-feira Santa. Pelo mesmo motivo, as bolsas do Brasil, Estados Unidos e da Europa também estão fechadas.

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Redução dos compulsórios bancários

Apenas horas depois de os negócios com ações se encerrarem na China, o PBoC anunciou uma redução de compulsórios bancários que deverá liberar o equivalente a US$ 83 bilhões em liquidez, como a liderança chinesa havia sinalizado dias atrás.

Alguns bancos rurais terão direito a um corte adicional de 25 pontos-base nos compulsórios, disse o PBoC.

O BC chinês calcula que a redução dos compulsórios, que entra em vigor no próximo dia 25, liberará 530 bilhões de yuans (US$ 83,2 bilhões) em liquidez. (AE)

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