As dez cidades mais caras do mundo

Ranking anual elaborado pela The Economist rebaixou Rio de Janeiro e São Paulo em meio à pandemia

01/12/2020 Redação

Para de Ipanema, no Rio de Janeiro, cidade que está na lista das mais caras do mundo/Foto: Getty Images

O ranking das cidades mais caras do mundo mudou durante a pandemia. As três cidades com custo de vida mais elevado atualmente são Zurique (Suíça), Paris (França) e Hong Kong (China).

Rio de Janeiro e São Paulo, as cidades mais caras do Brasil, desceram 23 posições para a 119ª colocação.

A principal causa da dança de colocações foi o impacto da pandemia sobre o dólar. A moeda americana perdeu valor, enquanto moedas do oeste europeu e do norte da Ásia se valorizaram.

As três do topo da lista sofreram o impacto da alta do euro e do franco suíço. O ranking é elaborado anualmente pela The Economist Intelligence Unit, área de pesquisas e análises da revista inglesa The Economist.

Efeitos da pandemia

Cingapura, cidade-estado do Sudeste da Ásia que estava em empate no primeiro lugar em 2019, caiu para a quarta colocação.

Analistas da publicação explicam que a causa foi a fuga de estrangeiros que deixaram a região em meio à pandemia do coronavírus.

Segundo o relatório, os preços subiram na maioria das cidades chinesas por causa da tensão entre os Estados Unidos e a China, durante o governo de Donald Trump.

A guerra comercial entre os dois países abalou cadeias de abastecimento e provocou altas significativas de preços.

A cidade de Bangkok, capital da Tailândia, caiu 20 posições e ficou em 46º lugar na lista das cidades mais caras do mundo.

As grandes cidades da América, da África e do Leste Europeu ficaram mais baratas, enquanto os preços aumentaram relativamente nas cidades da Europa Ocidental.

Nesta região estão quatro das dez cidades mais caras do mundo, começando pela líder Zurique, centro bancário e financeiro internacional considerado a capital financeira da Suíça (a capital do país é Berna).

A maior alta foi registrada na capital do Irã, Teerã, que escalou 27 posições por causa do efeito das sanções dos Estados Unidos, que prejudicaram o abastecimento e provocaram inflação.

O índice de custo de vida mundial utilizado no ranking da The Economist comparou preços de 138 bens e serviços em 133 grandes cidades no mês de setembro.

Despesas com tabaco e recreação estão entre os produtos com maior alta de preços, enquanto itens de vestuário tiveram a queda mais acentuada, já que as pessoas deixaram de gastar com roupas durante a pandemia.

Entre os bens de consumo, artigos eletrônico e computadores foram campeões de inflação, um efeito da onda de trabalho remoto.