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Com alta de 33,3% em 12 meses, combustíveis pressionam a inflação

Com o reajuste de 18,7% da gasolina e 24,9% do diesel, combustíveis vão aumentar a pressão sobre a inflação, que acumula 10,54% em 12 meses

gasolina

O preço da gasolina recuou 0,47% em fevereiro, mas vai voltar a pressionar a inflação após o novo reajuste da Petrobras | Foto: Getty Images

Os combustíveis foram o maior fator de pressão sobre a inflação acumulada nos últimos 12 meses, representando 33,33% do peso dos aumentos de preços.

Nos últimos 12 meses, a inflação oficial medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo  (IPCA) acumula alta de 10,54%. Em fevereiro, os principais impactos vieram da Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%), mas os combustíveis devem voltar a pressionar o custo de vida nos próximos meses.

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O reajuste dos combustíveis que entrou em vigor hoje, deverá aumentar entre 0,5 e 0,6 ponto porcentual a inflação oficial do País, que deve superar os 6% este ano, segundo previsão da maioria dos economistas.

Com o aumento anunciado ontem, o preço médio do litro da gasolina deve subir para R$ 7,02. O reajuste deve adicionar 0,6 ponto à inflação, mas não cobre a defasagem dos preços da Petrobras em relação ao mercado internacional.

Por causa da alta do petróleo em meio à guerra na Ucrânia, a Petrobras anunciou o reajuste da gasolina em 18,7%; do diesel, em 24,9%; e do gás de cozinha em 16%, a vigorar a partir de hoje.

Em fevereiro, o item combustíveis no grupo de preços denominado Transportes teve queda de 0,92%, pois os preços dos combustíveis estavam congelados há 52 dias. Agora, o impacto deste reajuste na inflação oficial deve se concentrar neste mês e no próximo, elevando as projeções mensais de inflação, de março e abril, para algo mais próximo a 1%.

O preço da gasolina recuou 0,47%, contribuindo com -0,03 ponto percentual no IPCA de fevereiro. O óleo diesel subiu 1,65% no mês.

Gasolina pressiona inflação com aumento acumulado de 32,6% em 12 meses

Em 12 meses, a gasolina acumula avanço de 32,62% e o diesel, de 40,54%. No mês, o etanol teve a queda mais acentuada, com -5,04% de variação e -0,05 ponto percentual de impacto. Já o gás veicular subiu 2,77%, segundo o IBGE

Ainda no grupo dos Transportes (0,46%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos automóveis novos (1,68%), cujos preços subiram pelo 18º mês consecutivo. Além disso, os preços dos automóveis usados (1,51%) e das motocicletas (1,72%) também seguem em alta.

Outros destaques foram o seguro voluntário de veículo (3,24%), o conserto de automóvel (0,92%) e o ônibus urbano (0,45%), este último por conta dos reajustes nas passagens aplicados em várias regiões de abrangência do índice.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,01% em fevereiro de 2022, sendo essa a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%). O índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%) e, no ano, acumula alta de 1,56%. (Com AE)

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