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Estado de São Paulo estende contrato de concessão da Comgás até 2049

Governo paulista decide antecipar prorrogação do contrato que iria até 2029. Acordo inicial foi firmado há mais de 20 anos

Funcionário com macacão da Comgás em meio a tubulações de distribuição de gás

Governo de SP diz que a medida antecipa investimentos e evita aumentos de tarifa aos consumidores | Foto: Divulgação

A Comgás anunciou nesta sexta-feira, 1º, a prorrogação do contrato com o Estado de São Paulo até 2049. O contrato original foi firmado em 1999.

A companhia assinou com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente Do Estado De São Paulo e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) o 7º Termo Aditivo ao contrato de concessão de serviço de distribuição de gás canalizado, prorrogando a operação.

A prorrogação antecipada foi motivo de discórdia entre grandes consumidores, com o temor de alta de preços. A concessão original da Comgás iria até 2029.

Concluído esse período, o governo poderia renovar o contrato com o grupo Compass (da Cosan), controlador da distribuidora, ou promover uma nova concorrência pela exploração do serviço.

A decisão do governo paulista, no entanto, foi a de antecipar a prorrogação, com o argumento de que assim anteciparia também investimentos e evitaria aumentos de tarifa.

Investimentos da Comgás

Em comunicado, a Comgás diz que desde então com os investimentos realizados cresceu em mais de sete vezes o número de clientes e que hoje conta com 19 mil km de gasodutos para atender 2,1 milhões consumidores em 93 municípios.

O aditivo prevê metas como a conexão de 2,3 milhões de novos clientes e expansão da rede de gasodutos em mais 15,4 mil km, conectando 41 novos municípios.

“Os investimentos ocorrerão de acordo com o princípio de modicidade tarifária, sendo alinhados aos interesses do Poder Concedente, dos usuários e da sociedade”, diz em nota.

O aditivo traz ainda a inclusão do biometano, gás de origem renovável, na matriz de suprimento e a substituição do IGP-M pelo IPCA como índice de reajuste.

A companhia destaca “a redução do impacto inflacionário que seria pago pelos clientes residenciais e comerciais nos próximos dois anos” e “a pacificação de controvérsias acerca do contrato de concessão”. (AE)

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