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Consumo maior e custo menor vão impulsionar investimentos em 2024

Banco Safra prevê expansão de 0,9% na atividade econômica em setembro, com inflação e juros em queda e aceleração do consumo pessoal

Trânsito vista aérea noturna

A concessão de crédito voltou a apresentar um pequeno crescimento nos últimos três meses, com destaque positivo à aquisição de veículos | Foto: Getty Images

A inflação ao consumidor acumulada em doze meses passou de 12,1% em abril do ano passado para 4,9% no mês de outubro. Esse processo desinflacionário significativo inclui a redução de 2,7% do preço dos alimentos entre junho e setembro desse ano, o que ajudou a suportar o poder de compra das famílias, especialmente daquelas com menor poder aquisitivo. A avaliação está no relatório semanal de macroeconomia do Banco Safra.

O volume de vendas em supermercados apresentou expansão relevante nos últimos meses, superando em 9,6% o nível de dezembro de 2019. Além disso, os efeitos iniciais do ciclo de redução da taxa Selic começam a aparecer nos indicadores de crédito para pessoa física, avalia o Safra.

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A taxa de juros média do crédito para as famílias caiu de 38,2% ao ano em maio para 36,0% a.a. em setembro. A taxa de inadimplência diminuiu de 4,3% para 4,0% no mesmo período.

Assim, a concessão de crédito voltou a apresentar um pequeno crescimento nos últimos três meses, com destaque positivo à aquisição de veículos.

Tudo isso ainda é uma melhora incipiente, na avaliação do Safra, considerando que a transmissão da política monetária para a atividade possui defasagem temporal e existe espaço relevante para novos cortes da taxa básica de juros pelo Banco Central.

“Ou seja, a reação do mercado de crédito ao afrouxamento monetário está seguindo o seu padrão histórico. A dinâmica das vendas de varejo também deverá acompanhar o padrão histórico dos ciclos anteriores de redução da taxa de juros’.

Segundo o Safra, todos os processos anteriores de queda da taxa Selic impulsionaram o volume das vendas de varejo, sendo que a média apresentou alta de 8,9% após doze meses (o pior desempenho foi em 2016 com alta de 4,2% e o melhor ocorreu em 2003 com expansão de 11,7%).

Safra vê mais consumo e investimentos em 2024

Os indicadores proprietários do Safra também suportavam a expansão do varejo no final do terceiro trimestre. O Índice Safrapay antecipava crescimento mensal do varejo restrito de 0,7% em setembro, alinhado com o índice divulgado pelo IBGE com expansão de 0,6%.

O Safra estima expansão mensal acima de 1% para o setor de serviços (PMS), indicador que será divulgado na próxima terça-feira, com destaque positivo para os serviços prestados às famílias.

Dessa forma, o banco acredita que a atividade econômica tenha apresentado expansão de 0,9% em setembro em relação ao mês anterior. “Portanto, a continuidade do processo desinflacionário e o prosseguimento do ciclo de afrouxamento monetário permitirão uma aceleração do ritmo de crescimento do consumo pessoal de 2,6% em 2023 para 2,9% em 2024. A expansão do consumo e redução do custo de capital devem impulsionar os investimentos das empresas no próximo ano”.

Íntegra do relatório de macroeconomia do Banco Safra.

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