Alexa, da Amazon, evolui, mas não agrada a todos
Movimentos em países de língua inglesa dizem que uso do nome em dispositivo de voz promove bullying entre crianças
02/07/2021O dispositivo de voz Alexa aumentou para 1,4 mil respostas a comandos na sua versão brasileira. A tecnologia que automatiza tarefas cotidianas, tentando torná-las mais divertidas, porém, não agrada a todos.
Pais de crianças chamadas Alexa do Reino Unido dizem que os filhos estão sofrendo bullying por ter o mesmo nome que a Amazon deu ao seu assistente de voz. Muitas crianças foram rebatizadas para evitar as gozações.
Segundo a BBC, mais de 4.000 pessoas chamadas Alexa tem menos de 25 anos no Reino Unido. A “brincadeira” mais comum é serem chamadas pelo nome e, em seguida, ouvirem um “comando” como “acenda a luz”.
Desde que o dispositivo da Amazon chegou ao Reino Unido, em 2016, o nome passou a ser evitado nos cartórios. Até então, Alexa era o 167º nome de bebê mais comum na Inglaterra e no País de Gales. Três anos depois, estava na 920º posição nos registros de nascimento.
Alexa é uma humana, diz movimento dos EUA
O problema existe desde o lançamento do equipamento, em 2014, vem crescendo com a o aumento da popularidade do dispositivo e não se limita ao Reino Unido. A norte-americana Lauren Johnson encabeça uma campanha chamada Alexa is a Human (Alexa é uma humana). Sua filha de 13 anos, chegou a falar de suicídio por não suportar as gozações. O grupo quer que a Amazon mude a palavra de ativação de seu assistente de voz.
Nos EUA existem mais de 130 mil pessoas com o nome.
A Amazon emitiu uma nota em resposta aos protestos. “Como alternativa, também oferecemos várias outras palavras de alerta que os clientes podem escolher, incluindo Echo, Computer e Amazon. Valorizamos o feedback dos clientes e, como em tudo o que fazemos, continuaremos procurando maneiras para oferecer a eles mais opções nesta área.”
Segundo o IBGE, no Brasil tem 1.493 pessoas homônimas ao dispositivo, o 6.282º no ranking de batismos.