China planeja crescer 5% este ano com prioridade para o consumo
China cresceu 3% em 2022, segundo nível mais baixo desde os anos 70, e meta para este ano foi fixada em 5% após fim das medidas contra a covid
06/03/2023O primeiro-ministro Li Keqiang, principal autoridade econômica da China, estabeleceu a meta de crescimento deste ano em cerca de 5%, após o fim das medidas contra covid-19 que mantiveram milhões de pessoas em casa e desencadearam protestos. O crescimento do ano passado na segunda maior economia do mundo caiu para 3%, o segundo nível mais fraco desde pelo menos a década de 1970.
“Devemos dar prioridade à recuperação e expansão do consumo”, disse Li em um discurso sobre os planos do governo perante o cerimonial do Congresso Nacional do Povo, no centro de Pequim. Mercado estava esperando uma estimativa mais elevada, número foi considerado pouco ambicioso e sugere menos estímulos econômicos, segundo análise do Banco Safra. Essa liberação deve impactar as commodities hoje, segundo relatório do banco.
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A nova equipe de liderança do presidente Xi Jinping enfrentará desafios que vão desde a fraca demanda global por exportações e aumentos persistentes de tarifas dos EUA em uma disputa sobre tecnologia e segurança até restrições no acesso a chips de processadores ocidentais devido a temores de segurança.
Prioridade para o consumo na China é estratégia para crescimento de 5% em 2023
O relatório de Li pediu para que o aumento dos gastos do consumidor seja feito a partir do aumento da renda familiar, mas não deu detalhes durante o discurso incomumente breve de 53 minutos, que durou menos da metade dos anos anteriores.
Reforçando a importância da indústria estatal, o relatório prometeu apoiar empreendedores que geram empregos e riqueza, mas também disse que o governo vai aumentar a competitividade de empresas estatais que dominam setores como bancos e energia, telecomunicações e aço.
Li também pediu “medidas decisivas” para se opor à independência formal de Taiwan, a ilha-democracia autogovernada reivindicada por Pequim como parte de seu território. Ele pediu uma “reunificação pacífica” entre China e Taiwan, que se separaram em 1949 após uma guerra civil, mas não anunciou nenhuma iniciativa. (AE)