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Crise na economia global favorece o País, segundo a Eurasia Group

O diretor da Eurasia Group, Chris Garman, diz que preços de commodities devem favorecer o Brasil, e que crise global traz oportunidades

Cris Garman

O diretor da Eurasia participou do Safra Tends, evento organizado pelo Banco Safra para debater o cenário da economia em 2023 | Foto: Divulgação

O diretor da Eurasia Group, Chris Garman, vê um cenário internacional desfavorável para a economia brasileira no início do governo do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva. Ele cita a guerra na Ucrânia, a inflação e o aumento dos juros nos Estados Unidos e a covid na China como maiores obstáculos no exterior.

Ao mesmo tempo, ele considera que há oportunidades para o Brasil neste cenário. “Os preços das commodities devem continuar elevados, favorecendo as exportações brasileiras, e há um processo de reorganização das cadeias de fornecimento global, além de possibilidade de aumento de investimentos de empresas interessadas em um destino seguro no atual cenário global”, comenta Garman.

Saiba mais

O diretor da Eurasia participou do Safra Tends, evento organizado pelo Banco Safra para debater o cenário da economia em 2023. O Safra Trends prossegue até quinta-feira, dia 8, apresentando as principais tendências e oportunidades de investimentos para 2023. Participam do evento especialistas de destaque do cenário nacional e internacional. O evento é online, gratuito e aberto ao público.

Para ter acesso ao conteúdo, basta se inscrever gratuitamente clicando neste link , informando nome completo, telefone e CPF. Ao se inscrever, o interessado receberá um link de transmissão dos painéis, programados para ocorrer ao vivo das 9h às 11h25, nos três dias.

Segundo Cris Garman, os riscos externos devem afetar o crescimento da economia internacional nos próximos seis a 12 meses. “Não há previsão de solução para os riscos de escalada do conflito na Ucrânia, diante do fracasso militar russo”, afirmou. “Existe um grande risco de agravamento do conflito, com pressão no fornecimento de energia para a Europa, que não terá a volta do gás russo e deverá passar por um grande processo de transição energética, com efeitos na inflação”.

O diretor da Eurasia cita que os Estados Unidos vão continuar enfrentando aumento de juros, para combater inflação, e a relação com a China devem ficar mais estremecida com a situação na Ucrânia. Já a China, segundo ele, corre risco ao ser pressionada a reabrir a economia em um momento em que a covid continua ameaçando o sistema de saúde. “A tendência é de reabertura gradual da economia da china ao longo do ano que vem, o que continuará dificultando a recuperação da economia global”, afirma ele.

No debate ao lado de Eduardo Yuki, economista Chefe do Safra, Cris Garman comentou os desafios do governo Lula. “O grande desafio é que o governo Lula e a equipe de transição vêm minando a sua credibilidade e aumentando as incertezas, o que dificulta o ambiente para o combate a inflação pelo Banco Central”, comentou Garman.

Para Eduardo Yuki, receitas subestimadas e alternativas de recomposição da receita devem permitir a redução dos juros no médio prazo e melhoria das condições econômicas, permitindo a retomada do crescimento.

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