Portfólio e marca forte são destaques da Cyrela
Em relatório, Banco Safra evidencia posicionamento da empresa para capturar impulso de vendas no segmento de alta renda
13/11/2021A Cyrela (CYRE3) divulgou resultados mistos no terceiro trimestre. O lucro líquido da companhia chegou a R$ 238 milhões, queda de 83% em relação ao mesmo período de 2020.
O resultado acabou impactado pela desaceleração das vendas, já que 70% dos lançamentos da empresa foram concentrados no final de setembro.
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Por outro lado, a companhia expandiu de forma robusta seu volume de lançamentos. Assim, seu portfólio flexível e posicionamento de marca foram destacados em relatório do Banco Safra.
Resumidamente, o banco manteve a classificação de compra para as ações CYRE3, com preço-alvo (potencial) de R$ 32,30.
A manutenção é embasada nas qualidades apresentadas acima, uma vez que a construtora atua no mercado imobiliário de alto renda.
Tanto o portfólio quanto a marca devem ajudar a Cyrela a capturar o forte impulso de vendas que se apresenta nesse segmento.
Nesse sentido, quem também se beneficia é a JHSF, forte player no meio de alto padrão.
Análise financeira
No relatório, o Safra destaca uma deterioração de 411 bps (pontos-base) na margem líquida da Cyrela.
Esse movimento é explicado, segundo o banco, por despesas não recorrentes de R$ 37 milhões oriundas de contingências judiciais.
No que se refere aos lançamentos, a receita líquida da Cyrela aumentou em 11%, quando comparado o terceiro trimestre de 2020, para R$ 1,3 bilhão.
Sendo assim, os novos empreendimentos alcançaram R$ 1,9 bilhão em VGV (valor geral de vendas) líquido. Isso representou um crescimento de 41% na comparação anual.
No geral, a maioria dos lançamentos foi realizada no segmento de alta renda, que representou cerca de 61,5% de todos os lançamentos do período.
Mais detalhes sobre a análise do Safra para o terceiro trimestre deste ano da Cyrela podem ser acessados por este link.
Sobre a Cyrela (CYRE3)
A Cyrela foi constituída em 1962 pelo atual acionista Elie Horn e foi listada na Bolsa paulista em 2005.
Em 2007, a operação no segmento de lajes corporativas de alto padrão, assim como de administração de shopping centers, foi transferida a uma nova companhia, a Cyrela Commercial Properties (CCP).
A companhia também atua por meio das marcas Living, com foco no segmento de médio padrão, e Vivaz, com foco no programa Minha Casa Minha Vida.
E, além de uma participação na Tecnisa, a Cyrela detém o controle da incorporadora Plano & Plano (PLPL3).
Há ainda as joint ventures Cury (CURY3), que desenvolve projetos no segmento econômico, em SP e RJ, e Lavvi (LAVV3), voltada para médio e alto padrão em SP.