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Dinossauro protagoniza nova campanha da ONU

No filme 'Não Escolha a Extinção', réptil gigante assume o microfone de cúpula para aconselhar humanos a pararem de financiar a própria destruição

Campanha partiu de levantamento do Pnud que mostra o investimento anual de US$ 423 bilhões no mundo para subsidiar os combustíveis fósseis | Foto: Divulgação

Com passos ruidosos e causando muito espanto, um Tiranossauro Rex atravessa a Assembleia Geral da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e assume o microfone. O grande réptil pede a palavra para desaconselhar a humanidade a seguir no caminho em que está, trabalhando pela própria destruição.

A filme, lançado nesta quarta-feira, 27, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), faz parte de uma campanha da ONU de alerta sobre o volume de investimentos (US$ 423 bilhões, cerca de R$ 2,3 trilhões) em combustíveis fósseis, alguns dos piores vilões do aquecimento global que deteriora o planeta.

“Um cometa foi responsável pelo fim da nossa espécie, há 70 milhões de anos. Qual a desculpa de vocês?”, questiona o grande réptil no vídeo que usou o edifício real na ONU em Manhatan como cenário. Na sua explanação, o dinossauro mostra imagens de pessoas (na maioria, crianças) em situação de extrema miséria no planeta. “Seria a mesma coisa que nós [dinossauros] tivéssemos financiado os asteroides que nos destruíram”, continua a criatura pré-histórica.

A campanha da ONU é lançada quatro dias antes do início da COP-26, cúpula do clima da ONU,que este ano vai ocorrer em Glasgow, na Escócia.

Saiba mais

De acordo com a ONU, os gastos com subsídios em materiais poluentes é equivalente a quantia necessária para fornecer vacinas contra a covid-19 para todas as pessoas do mundo. O montante equivale também à três vezes o valor anual necessário para erradicar a pobreza extrema, nas contas da organização.

Dinossauro de mentira alerta para dados reais

Um relatório anterior divulgado pela ONU aponta que 15 grandes economias, incluindo o Brasil, vão produzir mais que o dobro recomendado de combustível fóssil em 2030.

Isso vai contra as metas sustentáveis estabelecidas no Acordo de Paris, em 2015, que visa limitar o aquecimento global em 1,5ºC até o fim dessa década.

A análise (leia a íntegra em inglês) concluiu que a produção de carvão deve ser 240% acima dos níveis acordados há seis anos. No caso do petróleo, o percentual além do estabelecido deve ser de 57% e, sobre o gás, de 71%.

Unindo cada um dos combustíveis, a produção deve chegar a 110% acima do recomendado para evitar o aquecimento de 1,5ºC.

Altamente poluentes, carvão, petróleo e gás são os principais responsáveis pela emissão de carbono (CO2) na atmosfera, principal causa do aquecimento global.

Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU)

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