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Dólar amplia a queda com ingresso de estrangeiros

Dólar tende a R$ 5 no curto prazo com entrada de capital estrangeiro e expectativa de aprovação de controle de preços dos combustíveis

Porto visto de cima

Gargalos de oferta estão diminuindo e as condições de demanda são mais favoráveis na Europa, a depender do vírus | Foto: Guetty Images

O dólar ampliou a queda para R$ 5,09 (-1,04%) no mercado à vista na manhã desta segunda-feira. A queda nesta manhã reflete novos ingressos de investidores estrangeiros. 

“Continua a atração de investidores estrangeiros para o Brasil em meio a expectativas de avanço da Selic nos próximos meses e com as novas tentativas diplomáticas de evitar uma invasão da Rússia à Ucrânia”, comenta o responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. Ele considera que o câmbio tende a R$ 5,00 no curto prazo.

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Ele aponta ainda como catalisador da queda frente o real as expectativas de alguma aprovação pelo Congresso de pacote de medidas para controle maior dos preços de combustíveis nesta semana.

Com feriado nos EUA e agenda local vazia nesta segunda-feira, o volume de negócios está pequeno, afirma. E o dólar também perdeu força nos últimos minutos ante divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior, em meio ao avanço dos preços das matérias primas, como petróleo e minério de ferro, destacou.

A Rússia disse hoje que ainda é “prematuro falar sobre planos específicos para” uma reunião de cúpula entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e dos EUA, Joe Biden, para discutir a crise da Ucrânia.

“A reunião é possível se os líderes a considerarem viável”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em teleconferência com repórteres nesta segunda-feira. O comentário veio após o presidente da França, Emmanuel Macron, propor o encontro a Biden e Putin no domingo.

Retração da economia da Alemanha afeta do dólar 

Na Alemanha, a economia provavelmente se contrairá mais uma vez neste primeiro trimestre, segundo avaliação do Bundesbank, como é conhecido o banco central do país. Como o Produto Interno Bruto (PIB) alemão já encolheu 0,7% no quarto trimestre de 2021, uma segunda queda nos primeiros três meses deste ano levaria a maior economia da Europa a uma recessão técnica.

Em relatório mensal publicado nesta segunda-feira, o Bundesbank ressalta, porém, que os gargalos de oferta estão diminuindo e que as condições de demanda são mais favoráveis, preparando o terreno para uma recuperação durante a primavera europeia, caso ocorra um alívio na pandemia de covid-19.

Às 13h53 desta segunda, o dólar à vista caía 1,04%, a R$ 5,09. O dólar para março ganhava 0,23%, a R$ 5,1570. (AE)

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