Dólar cai com maior fluxo de estrangeiro e inflação nos EUA
Índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA subiu 9,7% na comparação anual, o que ajudou a acelerar o fluxo cambial e derrubou ainda mais a cotação
15/02/2022O dólar manteve a tendência de queda dos últimos dias e fechou em baixa de 0,72%, a R$ 5,1807, depois de oscilar entre R$ 5,1667 e R$ 5,2173 nesta terça-feira, 15. O movimento acompanha a ampliação das perdas do índice DXY, que bateu mínima intradia após o forte índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos em janeiro.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 1% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam alta de 0,5% no período. No confronto anual, o PPI deu um salto de 9,7% em janeiro e o núcleo do índice teve alta de 6,9%.
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O Departamento do Trabalho também revisou para cima o PPI mensal de dezembro, de ganho de 0,2% para aumento de 0,4%. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,9% na comparação mensal de janeiro. Neste caso, o consenso do mercado era de acréscimo de 0,4%.
“Deve ter entrada leve de fluxo estrangeiro com o alívio trazido pelo recuo de parte das tropas russas da fronteira da Ucrânia. Mas, o apetite do investidor externo parece moderado e a queda do dólar é relativamente contida, porque a inflação no atacado nos Estados Unidos veio muito acima das previsões, após o susto com o CPI de janeiro no país, apoiando as especulações sobre a política monetária do Federal Reserve”, afirma o diretor Mauriciano Cavalcante, da corretora Ourominas.
O juro alto no Brasil atrai mais entrada de capital estrangeiro, já que a taxa basica de juros (Selic) está acima das taxas de juros básicas de outros países emergentes e exportadores de commodities.
As discussões sobre combustíveis no Congresso são monitoradas, mas ficam em segundo plano por enquanto.
Atividade industrial no Estados Unidos abaixo da previsão afeta o dólar
O índice de atividade industrial Empire State, que mede as condições da manufatura no Estado de Nova York, subiu de -0,7 em janeiro para 3,1 em fevereiro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 15, pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam alta do indicador a 10,0 neste mês.
O subíndice de novas encomendas subiu de -5,0 em janeiro a 1,4 neste mês, o de emprego avançou de 16,1 a 23,1 na mesma comparação e o de preços recebidos foi de 37,1 a 54,1 no intervalo. (Com AE)