Dólar fecha em alta com risco fiscal e temor de recessão global

O dólar opera em alta nesta terça-feira em meio ao risco fiscal no Brasil com a tramitação na Câmara da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis que vai elevar os gastos do governo em mais de R$ 40 bilhões acima do teto.

A moeda americana fechou em alta de 1,19% e foi cotada em R$ 5,38, o maior patamar desde 27 de janeiro.

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Com o resultado, passou a moeda americana passou a acumular alta de quase 3% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de pouco mais de 3% frente ao real.

Na cena externa, os investidores ainda estão em buscas de pistas sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos. Amanhã o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vai divulgar a ata da última reunião o que deve dar um direcionamento para o mercado.

Se Fed será mais contracionista, com uma elevação da taxa em 0.75 pontos percentuais ou uma postura mais moderada, com uma alta de 0.50 p.p.

Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a valorizar os títulos do governo americano, considerado o ativo mais seguro do mundo, com isso, há fuga de investimentos para este ambiente mais protegido.

Por aqui, o que mexe com o mercado é a perspectiva de aumento do endividamento no país com a aprovação PEC. A medida já passou pelo Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados.

Com mais um novo benefício, um auxílio-gasolina para taxistas, o custo do pacote que vai ficar fora do teto de gastos chega a R$ 41,2 bilhões. Segundo o governo, as medidas têm como objetivo reduzir o impacto da disparada dos combustíveis.