Como a desaceleração da China pode afetar o Brasil

O Banco Safra publicou nesta segunda-feira, 24, um relatório que traz um sinal de alerta para a economia: a desaceleração econômica da China pode afetar países exportadores de commodities como o Brasil.

O relatório da instituição traz dados recentes que indicam um menor crescimento do país nos próximos meses.

Com os indicadores da China mais modestos, o sinal de alerta é automaticamente ligado para o Brasil, cuja economia se beneficiou muito nos últimos meses com o aumento no preço das commodities (café, soja, milho e etc).

Para o Safra, se a tendência se confirmar, o Brasil deve ter que fazer apertos monetários (aumento da taxa de juros, por exemplo), assim como outros países da América Latina.

Reflexos dos dados da China no Brasil

Em sua análise, o Safra destaca que a elevação no preço das commodities ajudou diversos países pelo mundo a melhorarem seus saldos comerciais e iniciarem uma retomada econômica, após a recessão causada pela pandemia de covid-19.

Como única potência mundial a crescer em 2020 – expansão de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) -, a China retomou o nível de forte demanda para manter o consumo de sua população.

Ou seja, quando a economia chinesa acelera, há mais demanda pelos produtos primários brasileiros para abastecer aquele país.

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Recentemente, dados referentes à recuperação das vendas do varejo e ao crédito – sendo este a principal ferramenta da China contra oscilações – revelaram uma desaceleração da economia.

O Safra lembra que a vacinação dos cidadãos chineses contra a covid-19 esteve lenta e isso pode ter gerado a incerteza.

Por outro lado, a instituição aponta um otimismo sobre o assunto, uma vez que Pequim decidiu acelerar a imunização, alcançando 15 milhões de pessoas por dia, e 30% da população em pouco mais de um mês.

Mais detalhes sobre os dados da economia da China e seus reflexos sobre o Brasil podem ser lidos por este link.