Emissão de debêntures cresce 86% e chega a R$ 56,3 bilhões no 1º trimestre
Títulos de dívida representam metade de todo o valor emitido em renda fixa pelas empresas no período. Ao todo, foram 88 operações
30/04/2022Sem apetite dos investidores para ofertas de ações, as empresas recorreram com mais frequência à emissão de renda fixa no primeiro trimestre deste ano, principalmente às debêntures.
Dados do boletim econômico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que essas emissões somaram R$ 56,3 bilhões de janeiro a março deste ano.
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O volume representa um crescimento de 86,1% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Isso também é metade de todo o valor de renda fixa emitido neste ano até o momento.
Ao todo, foram 88 operações no período, o que significa uma média de R$ 639 milhões em cada operação.
Emissão de debêntures preenche vazio de IPOs
Em um período marcado pelo aumento da taxa de juros e pela guerra na Ucrânia, as ofertas de ações – incluindo as iniciais (IPOs) – somaram apenas R$ 11,3 bilhões.
Esse resultado é quase um terço do registrado no mesmo período do ano passado (R$ 32,9 bilhões).
Uma série de empresas desistiram de realizar oferta, como CSN Cimentos, Madero, Bluefit Academias, entre outras.
De acordo com a CVM, o período foi marcado pela queda no indicador de apetite ao risco, que tem se mantido em patamares historicamente baixos.
Outro destaque do trimestre é o movimento de queda de performance e alta de volatilidade dos índices de títulos corporativos globais e emergentes. (AE)