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Empresas aderem à cadeia inteligente de suprimentos

Estudo mostra que 36% das companhias brasileiras adotam ecossistemas organizados, mas inteligência artificial ainda é desafio

Mão segurando tablet com paisagem de contêineres e caixas

36% das empresas brasileiras analisadas tem cadeias bem organizadas de ponta a ponta. Foto: Getty Images

Uma pesquisa da consultoria PwC aponta que 36% das empresas brasileiras têm altos níveis de maturidade na cadeia de suprimentos. Isso significa que essas companhias apresentam ecossistemas automatizados e norteados por dados, envolvendo informações de fornecedores e consumidores.

O estudo foi realizado antes da pandemia de covid-19, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, com mais de 1.600 empresas (59 no Brasil) de 33 países e sete setores industriais. O objetivo foi entender os modelos de negócio atuais e prever o cenário para os próximos cinco anos.

O percentual de maturidade das empresas brasileiras está alinhado à média global. Já nas Américas, metade das corporações apresenta uma cadeia de suprimentos madura de ponta a ponta.

Além disso, o Brasil é um dos expoentes em transparência organizacional. Das companhias nacionais analisadas, 37% implementaram medidas que trazem transparência à cadeia de suprimentos, resultado acima da média mundial (28%).

Logística e economia

No que se refere à implementação de uma logística inteligente, o Brasil se destaca com 41% das companhias apresentando um sistema logístico avançado. A média global é de 32%.

O fator logístico, segundo o levantamento, é responsável por mais de metade da redução geral de custos da cadeia de suprimentos. Não à toa, a logística é definida como área prioritária dentro da cadeia pelas empresas que se destacam no estudo, classificadas como “campeãs digitais”.

De acordo com a pesquisa, o investimento na excelência da cadeia de suprimentos cria a certeza de geração de retornos financeiros. Em 2019, as campeãs digitais do mapeamento registraram economia operacional de 6,8% nos custos anuais, tendo ainda um aumento de 7,7% na receita.

Tecnologia na cadeia de suprimentos

Além de redes de pessoas, informações e recursos, a pesquisa da PwC avaliou também se as empresas estão lançando mão de novas tecnologias apoiadas em bases de dados para alcançar maior eficiência.

Dentro desse quesito, o engajamento das organizações brasileiras ainda é baixo. Apenas 17% demonstram usar inteligência artificial na cadeia de suprimentos, parcela semelhante à das companhias consideradas “novatas digitais” – menos desenvolvidas – do estudo.

A consultoria aponta a integração dos recursos de tecnologia da informação aos processos como um dos desafios para as corporações brasileiras. A PwC cita que as campeãs digitais utilizam de duas a três vezes mais a inteligência artificial na cadeia de suprimentos do que as novatas digitais.

Ainda entre as conclusões para o panorama empresarial brasileiro estão elencadas as necessidades de gerenciar redes de inovação e ter maior rastreabilidade da cadeia de suprimentos como um todo.

O estudo completo pode ser conferido neste link.

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