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Empresas não poderão vacinar funcionários

Governo informou que terá estoques para toda a população e descarta proposta de empresas interessadas em furar fila da vacinação

Vacinas contra a covid-19

Ministério da Saúde garante já ter cerca de 500 milhões de doses contratadas de vacinas contra a covid-19 / Foto: Getty Images

O governo federal informou dirigentes empresariais que a aquisição de vacinas por empresas para imunização de funcionários será proibida.

Em reunião virtual organizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), representantes dos Ministérios da Saúde, das Comunicações e da Casa Civil foram taxativos: a vacinação ficará a cargo do governo, que garantiu ter imunizantes para toda a população.

A afirmação foi feita após empresas informarem que alguns grupos privados já se movimentavam para importar doses de imunizantes para seus colaboradores e familiares. A reunião foi realizada na quarta, 13.

Entre os empresários, há divergências em relação à proposta. Alguns consideram antiético “furar a fila” dos grupos de risco definidos: idosos, profissionais de saúde e portadores de doenças crônicas.

Alguns empresários que participaram da reunião ficaram contrariados, mas um deles disse ter saído do encontro “mais tranquilo” do que entrou. Alguns dos presentes fizeram críticas à comunicação contraditória do governo em relação à vacinação.

500 milhões de doses encomendadas

Além de afastar a possibilidade de o setor privado fazer uma vacinação paralela, o governo também afirmou que já tem cerca de 500 milhões de doses contratadas.

Outro recado foi de que, pelo fato de ter um programa de imunização já estabelecido, o Brasil poderá recuperar o “tempo perdido” em relação a nações que já vêm vacinando há mais de um mês.

Do lado do governo, participaram o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto; o ministro das Comunicações, Fábio Faria; e o secretário-geral do Ministério da Saúde, Élcio Franco.

Os empresários convidados para a reunião fazem parte de um grupo reunido pela Fiesp, chamado Diálogo Brasil, que visa a aproximar o setor produtivo das decisões do Palácio do Planalto.

Uma das propostas das empresas, na tentativa de ajudar a acelerar a imunização, era doar uma dose para o programa nacional de imunização para cada vacina aplicada em um funcionário.

O argumento oficial para descartar a oferta foi de que, com a produção tanto pelo Instituto Butantan quanto pela Fiocruz, não haverá falta de imunizantes. A expectativa do governo é de que o País possa até se tornar exportador de vacinas mais para o fim deste ano.

A exemplo do que foi comunicado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazzuello, a previsão da reunião foi de que a vacinação no País deverá começar ainda na semana que vem, entre os dias 19 e 20.

Retomada do crescimento depende de vacinas

Para os economistas do Banco Safra,  aampla vacinação da população a partir dos próximos meses permitirá ao país aproveitar o impulso trazido pelo gasto fiscal e o relaxamento monetário do ano passado, criando oportunidades de emprego e renda.

Esta é uma das conclusões do Relatório Safra especial traz projeções para 2021 (oespecialista.com.br), elaborado pelo diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Safra, Joaquim Levy, e pela economista Priscila Deliberalli, em conjunto com a equipe de economistas do banco. (Com AEAE)

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