Energias do Brasil lucra mais que o previsto e distribui dividendos
O lucro líquido foi de R$ 809 milhões no trimestre, uma evolução de 16%, muito acima das estimativas do mercado
17/02/2022O EBITDA da Energias do Brasil (ENBR3) foi de R$ 1,341 bilhões no quarto trimestre, queda de 4,0% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo o Banco Safra, a geração de caixa veio 68% acima de suas estimativas e 95% acima do consenso.
O EBITDA reportado foi afetado por mais R$ 116 milhões de atualização de ativos financeiros, mais R$ 198 milhões de margens de construção de linhas de transmissão, mais R$ 321 milhões de ganhos na venda de ativos, e menos R$ 142 milhões de marcação a mercado dos estoques de carvão em Pecém.
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O EBITDA comparável atingiu R$ 894 milhões, alta de 9,6%, que ficou 12,1% acima das estimativas do banco e 30,1% acima do consenso. O lucro líquido reportado foi de R$ 809 milhões, uma evolução de 16%, muito acima das estimativas consensuais do banco.
Energia do Brasil vai distribuir dividendos a R$ 1,39 por ação
A empresa também propôs a distribuição extraordinária de dividendos de R$ 1,39 por ação (dividend yield de 6,8%), a ser discutida na assembleia geral marcada para 5 de abril.
O Banco Safra tem um rating de compra para a Energias do Brasil principalmente pelo valuation. Atualmente, a empresa está negociando com uma TIR real de 8,2%. A entrada em operação dos projetos de transmissão em desenvolvimento é o principal catalisador e deve impulsionar os resultados.
Vale a pena investir em ENBR3?
- Player defensivo;
- Crescimento em transmissões deverá entregar bons resultados;
- Boa revisão das tarifas de distribuição e time de gerenciamento sólido já estão refletidas no preço da ação.
Quais são os principais riscos de ENBR3?
- Déficit hídrico (GSF);
- Fraco crescimento da demanda por seu braço de distribuição;
- Atrasos ou excedentes de capex em projetos de transmissão.
Sobre Energias do Brasil (ENBR3)
A Energias do Brasil (ENBR3), controlada pela EDP em Portugal, uma das principais operadoras europeias no setor energético, é uma holding que detém investimentos nos segmentos de Geração, Distribuição, Comercialização, Transmissão e Serviços de Energia Elétrica.
No segmento de Geração, controla as operações de empreendimentos de fonte convencional (Usinas Hidroelétricas e uma Usina Termelétrica) em 6 estados do país e detém 2,9 GW de capacidade instalada. No segmento de Distribuição, atua com duas distribuidoras nos estados de São Paulo e Espírito Santo.