Entenda a perspectiva positiva da renda variável no segundo semestre

O mercado de Renda Variável apresenta um cenário positivo para o segundo semestre, com boas oportunidades de investimento especialmente na Bolsa de Valores de São Paulo. Os motivos por trás desse panorama favorável foram abordados por Marcelo Gerbassi, head de Renda Variável da Safra Asset, no programa ‘Papo de Especialista’, disponível no canal do Banco Safra no Youtube.

“São três pontos principais para o investidor acompanhar: a velocidade de corte de juros e quando começam esses cortes, o crescimento da economia brasileira e o cenário externo”, comenta o especialista do Safra. Analisando o cenário, ele garante que existe probabilidade muito grande de uma alta no mercado de ações. Confira os destaques abaixo ou a íntegra no vídeo.

Por que a bolsa tem boas perspectivas no segundo semestre?

A Taxa Básica de Juros (Selic) foi mantida em 13,75% na última reunião do Copom, em julho. O índice está mantido desde agosto de 2022, mas indicadores de juros longos mostram perspectiva de queda na Taxa Selic nos próximos meses, já a partir de agosto. O efeito da inflação na renda variável poderia adiar esse cenário no curto prazo, mas não deve ocorrer. O cenário externo coopera na boa perspectiva da bolsa brasileira com uma possível mudança de fluxo em algumas das principais bolsas de valores do mundo. Nos EUA, os índices S&P e Nasdaq, por exemplo, se mantém altos há 10 anos. Isso pode gerar desaceleração no mercado americano e levar parte deste fluxo para outros mercados. A China deve crescer com este movimento, mas sem a força de anos atrás, deixando parte do crescimento para países emergentes, como México, Índia e Brasil. No cenário interno, a estimativa crescente do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano fortalece o cenário positivo no mercado de ações.

Como identificar as melhores oportunidades de investimento na bolsa de valores hoje?

Com o cenário positivo, surgem diversas oportunidades de investimento para aqueles que desejam diversificar sua carteira e buscar rentabilidade. O stock market no Brasil já teve um primeiro movimento de recuperação, mas deve ter outros no futuro próximo, pois a precificação está em um nível abaixo da média histórica. Além disso, temos uma alocação em fundos globais no nível mais baixo da história recente. Esses fatores combinados dão uma probabilidade muito grande de uma alta no mercado de ações. O segundo semestre deve trazer notícias positivas, com muito espaço para a bolsa brasileira subir. A economia doméstica deve ser mais favorecida por ter sofrido mais nos últimos anos e, por isso, ter mais potencial de valorização. Isso pode ser percebido no Safra Small Cap, fundo de investimento em ações do Safra que atingiu 28,14% de valorização em 12 meses – ante pouco menos de 20% do Ibovespa. A precificação estava muito baixa, próximo do mais baixo da série histórica, com uma diferença de performance visível desde o ano passado. O potencial de valorização é muito forte.

Quais os setores devem ser mais favorecidos na Bolsa?

Existe perspectiva mais otimista para os setores mais ligados à renda, como os de consumo e vestuário. Os bancos também devem reagir devido à queda da inadimplência. O setor de commodities desperta mais cautela, com as agrícolas em cenário positivo, por conta do El Niño, que favorece o agronegócio. O minério de ferro está em desaceleração, com o mercado imobiliário desaquecendo na China. O setor de celulose também tem cenário negativo.

Renda fixa ou renda variável?

É possível investir em renda fixa e renda variável e manter alocações nos dois tipos de investimentos. A diversificação, inclusive, é bem-vinda no portfolio de investimentos, a depender do perfil de
investidor. A Renda Variável tem oscilação maior, mas probabilidade de retorno maior. Investir em ações é como como se tornar sócio de empresas. Não dá para pensar no curto prazo, é um investimento de longo prazo, e você deve escolher o perfil de investimento que você quer construir – pode ser mais ligado a dividendos, índices, entre outros. A visão de longo prazo e risco reduzido pode até estar na estratégia de produtos de renda variável. Quem investe em Renda Fixa por segurança, em produtos como Tesouro Direto e Poupança, encontra outros produtos com essa característica. O Safra Dividendos, por exemplo, foca em prazos muito longos, de até 15 anos, que levam o produto a passar por ciclos econômicos de forma mais suave, pois contém empresas mais robustas, deixando o potencial de valorização e queda mais controlado. Outra opção com risco mais baixo é o Safra Equity Portfolio, que tem gestão ativa e se mantém mais próximo do índice Ibovespa. Para perfis mais arrojados e que buscam rentabilidade, o Safra Ações Livre não se correlaciona ao Índice Ibovespa e toma mais risco. Já o Safra Bolsa Plus é uma nova opção de produto, que atua de forma alavancada, com risco próximo ao dobro da bolsa e apresenta boa performance no ano, com quase 16% de valorização.
A Safra Asset tem diversas opções de produtos em Renda Variável para todos os perfis de investidores. Temos uma grade de produtos de Renda Variável bastante completa e que tende a performar bem no restante do ano devido ao cenário bastante positivo. É fundamental lembrar que investir em renda variável envolve riscos e é necessário estar bem informado e contar com o auxílio de profissionais especializados. Antes de investir, é importante realizar uma análise cuidadosa e entender as características e riscos de cada investimento.