Estado do Rio Grande do Sul desiste do IPO da Corsan
Processo de oferta inicial de ações da companhia de saneamento havia sido suspenso pela Justiça por problemas na modelagem e no preço mínimo da operação
13/07/2022Em fato relevante publicado pela nesta quarta-feira, 13, pela Companhia Riograndense de Saneamento, a Corsan, o governo estadual do Rio Grande do Sul (acionista controlador) decidiu não recorrer da suspensão do processo de oferta pública inicial (IPO) de ações feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontava problemas na modelagem e no preço mínimo da oferta.
O entendimento do acionista controlador é de que seria inviável cumprir as demandas em tempo hábil de aproveitar a janela de mercado. Portanto, o governo estadual e a companhia irão pedir o cancelamento da operação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Saiba mais
- Privatização da Corsan é suspensa pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul
- O que são ofertas públicas e quais os tipos que existem
- Invista com segurança e baixo valor de aplicação
Entretanto, o Estado do RS reafirmou a necessidade de privatização da companhia, em vista da necessidade de recursos para a realização de investimentos, estimados em R$ 13 bilhões, para o atendimento ao Novo Marco Legal do Saneamento (saiba tudo sobre o Novo Marco).
O formato da privatização deverá mudar e a estratégia agora seria vender toda a participação do Estado na companhia. Até então, o governo manteria participação de no mínimo de 30%.
Em entrevista, o presidente Corsan, Roberto Barbuti, afirmou ser possível realizar a desestatização até o final de 2022, já que o todo o trabalho feito até agora será reaproveitado.
Novas rodadas de conversa com o mercado seriam necessárias, particularmente porque o perfil do investidor deve mudar uma vez que o Estado poderá vender toda a sua participação.
Sobre a Corsan
A companhia presta serviços de água e esgoto no estado do Rio Grande do Sul, cobrindo 317 municípios com cerca de 6 milhões de consumidores.
Atualmente a companhia tem uma cobertura de 97% na entrega de água potável nas áreas urbanas e de 19,7% na universalização de esgoto.