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Estimativa da inflação desacelera de 4% para 3,98% em 2024, diz Focus

A expectativa para o IPCA deste ano passou de 5,12% para 5,06%. Um mês antes, a mediana era de 5,71%, segundo o Boletim Focus

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Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,80%. Houve queda na estimativa para 2026, de 3,80% para 3,72% | Foto: Getty Images

Com a expectativa para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) desta semana e a definição de metas de inflação para 2026, as estimativas para o IPCA – índice oficial de inflação – voltaram a cair no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 26.

A expectativa para o IPCA deste ano na Focus passou de 5,12% para 5,06%. Um mês antes, a mediana era de 5,71%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de forma modesta, de 4,00% para 3,98%. Há um mês, era de 4,13%.

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Considerando somente as 153 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 5,07% para 4,98%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta caiu de 3,96% para 3,94%, considerando 152 atualizações no período.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central disse que a manutenção da Selic em 13,75% era adequada para assegurar a convergência da inflação. A mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 ainda está acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana supera o centro da meta (3,00%), mas está dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%.

Nos horizontes mais longos, a mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,80%. Houve queda na estimativa para 2026, de 3,80% para 3,72%. Há um mês, as projeções eram de 4,00% para 2025 e 2026. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026, o que deve ocorrer nesta semana.

Na avaliação do BC, a desancoragem observada nos prazos mais longos nos últimos meses está ligada ao debate sobre mudança da meta de inflação, levantado pelo governo. Há também questões ligadas ao risco fiscal, que tem diminuído com o andamento do novo arcabouço fiscal, reconhecem BC e mercado.

Os economistas do mercado financeiro continuaram a projetar deflação no índice de inflação oficial (IPCA) de junho no Boletim Focus. A mediana passou de recuo de 0,04% para queda de 0,09%. Há um mês, a expectativa era de aumento de 0,31%.

Para o IPCA de julho, a estimativa se manteve em 0,30%, contra a mediana de 0,35% um mês antes. Para agosto, a previsão para o indicador se manteve em 0,22%, de 0,23% há quatro semanas.

Já a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses caiu de 4,18% para 4,16%, de 4,69% há um mês.

A mediana do PIB em 2023 subiu de 2,14% para 2,18%, contra 1,26% há um mês. Considerando apenas as 113 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 se manteve em 2,19%.

Para 2024, o Relatório Focus mostrou viés de alta da estimativa de crescimento do PIB, de 1,20% para 1,22%, contra 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 106 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 cedeu de 1,19% para 1,17%.

Em relação a 2025, a mediana passou de 1,80% para 1,83% ante 1,70% quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que caiu de 1,99% para 1,92%, contra 1,80% há um mês.

Já a Selic permaneceu nos mesmos 12,25% da semana passada. A estimativa para 2024 continuou em 9,50% e a de 2025 foi mantida em 9,0%. A de 2026 continuou em 8,75%.

Segundo o Focus, a estimativa para o dólar em 2023 se manteve em R$ 5,00, enquanto a projeção para 2024 continuou em R$ 5,10. A de 2025 recuou de R$ 5,18 para R$ 5,15, e a projeção para 2026 foi mantida em R$ 5,25. (AE)

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