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Estoque total de crédito sobe 0,3% em maio ante abril

Em maio, o volume de crédito foi de R$ 5,38 trilhões. Considerando os 12 meses, o estoque de crédito avançou 10,4%, segundo o Banco Central

Cartão de crédito

O BC informou que o total de operações de crédito em relação ao PIB foi de 52,5% em abril para 52,4% para maio | Foto: Getty Images

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,3% para R$ 5,387 trilhões de abril para maio, informou nesta quarta-feira, 28, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 10,4%.

Em maio ante abril, houve alta de 0,5% no estoque para pessoas físicas e estabilidade no estoque para pessoas jurídicas. De acordo com o BC, o estoque de crédito livre avançou 0,3% no quinto mês de 2023, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,4%.

No crédito livre, houve alta de 0,8% no saldo para pessoas físicas em maio. Para as empresas, o estoque caiu 0,4% no período.

O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 52,5% para 52,4% na passagem de abril para maio.

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,6% em maio ante abril, totalizando R$ 962,836 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até maio, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 12,3%. Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física avançou 0,9% em maio ante abril, para R$ 266,749 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 8,1%.

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 0,2% em maio ante abril, para R$ 15,096 trilhões. O montante equivale a 146,9% do PIB do Brasil, conforme dados divulgados pelo BC.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado cresceu 0,4% em maio ante abril, para R$ 5,244 trilhões. O montante equivale a 51,1% do PIB.

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve alta de 0,4% em maio ante abril, somando R$ 390,772 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até maio, a elevação acumulada é de 4,6%.

No quinto mês de 2023, houve alta de 0,2% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, aumento de 0,4% no financiamento de investimentos e avanço de 2,9% no saldo de capital de giro.

As concessões dos bancos no crédito livre subiram 14,7% em maio ante abril, para R$ 455,2 bilhões, informou nesta quarta-feira, 28, o Banco Central. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, o aumento foi de 9,5%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 12,7% em maio, para R$ 255,7 bilhões. Em 12 meses, há alta de 14,1%. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões subiram 17,5% em maio ante abril, para R$ 199,4 bilhões. Em 12 meses, o avanço é de 4,6%.

A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 4,8% para 4,9% de abril para maio, informou o Banco Central. Esse é o maior nível de calotes desde fevereiro de 2018.

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência passou de 6,2% para 6,3% de um mês para o outro, chegando ao maior patamar desde maio de 2016. No caso das empresas, variou de 2,8% para 3,0% período, o maior nível desde novembro de 2018.

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 1,6% para 1,7% em maio ante abril. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,5% em abril para 3,6% em maio.

Endividamento das famílias fica estável

Na mira do governo federal, o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro fechou abril em 48,5%, mesmo nível verificado em março. O recorde da série histórica do Banco Central ocorreu em julho do ano passado (50,1%). Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,8% em abril, igual ao mês anterior.

Já o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) terminou abril em 27,9%, contra 27,6% no mês anterior. O nível é o novo recorde da série, superando os 27,8% de setembro de 2022. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 25,8% em abril, ante 25,5% em março. (AE)

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