Inteligência artificial: EUA e China acertam cooperação para combater riscos da tecnologia

Os EUA vão trabalhar em parceria com a China nos próximos meses para aprimorar a segurança dos sistemas de inteligência artificial (IA), anunciou a diretora do Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, Arati Prabhakar, em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”.

Prabhakar disse que a rara cooperação entre os dois países ocorre com o objetivo de reduzir os riscos futuros da IA, assim como avaliar suas capacidades.

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“Estamos num momento em que todos entendem que a IA é a tecnologia mais poderosa… todos os países estão se preparando para usá-la para construir um futuro que reflita seus valores”, afirmou.

Os rápidos avanços dos sistemas de IA vêm trazendo preocupações globais sobre se a tecnologia aumentará os ataques cibernéticas e a disseminação de informações falsas.

Antes da parceria, as opções disponíveis no mercado para avaliar a segurança desses sistemas “não estavam à altura” devido a sua complexidade, disse Prabhakar.

Inteligência artificial levanta debate sobre segurança global

A cooperação acontece em meio a uma escalada nas tensões comercias entre os dois países, em que os EUA colocaram uma série de sanções às exportações de chips chineses para dificultar a capacidade do país asiático de desenvolver tecnologias avançadas.

Para a conselheira científica, embora a China e os EUA possam discordar sobre certos valores e abordagens referentes a IA, também podem haver discussões dentro das quais as nações concordem, inclusive sobre padrões técnicos e de seguranças globais para software de IA.

Além disso, os EUA não devem desacelerar o seu próprio desenvolvimento de ferramentas com IA, mas, sim, aprimorar a supervisão da tecnologia. “Nos EUA, entendemos que estamos num momento em que a liderança americana no mundo depende da liderança americana em IA”, disse Prabhakar.

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