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O desafio do emprego na era da inteligência artificial e da economia verde 

Os novos rumos do mercado de trabalho fazem parte da agenda prevista para discussão no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça 

Placa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Necessidade de requalificação dos profissionais é um dos maiores desafios para os próximos 5 anos | Foto: Getty Images

À medida que a próxima década se aproxima, o panorama econômico global vai se moldando aos novos agentes que prometem transformar a forma como enxergamos o mundo: a inteligência artificial, as mudanças climáticas e a iminente adoção de práticas mais sustentáveis.  

Ainda em 2023, o Fórum Econômico Mundial lançou os resultados da pesquisa “Future of Jobs”. O relatório analisa e projeta as mudanças no cenário de trabalho em um período de 5 anos (2023-2027). 

Inicialmente, a pesquisa revela a necessidade de descentralizar as discussões no impacto da inteligência artificial. Juntamente a ela, tomam papéis de destaque também a transição para uma economia verde e a necessidade de uma resposta para o cenário ambiental. 

O tema do futuro do mercado de trabalho também deve ser um dos principais assuntos discutidos durante o Fórum de Davos, na Suíça, que acontecerá do dia 15 ao dia 19 de janeiro de 2024. 

Inteligência Artificial não é o único fator de mudança 

A pesquisa entende que aproximadamente 23% dos empregos globais serão transformados nos próximos 5 anos, com 69 milhões de novos empregos criados e 83 milhões eliminados, resultando em uma redução líquida de 2% no emprego global. 

Esses números indicam um cenário em que a inovação tecnológica e a necessidade de práticas comerciais sustentáveis já estão moldando o mercado de trabalho desde já. A criação líquida de empregos está intrinsecamente ligada à capacidade das empresas de não apenas adotar tecnologias de ponta, mas também de liderar na transição para uma economia mais consciente. 

Isso faz parte de um movimento de reconfiguração do mercado de trabalho. Nesta visão, a eficiência operacional deve caminhar junto com a responsabilidade ambiental nas empresas. A pesquisa também afirma que os maiores riscos para os empregos são o crescimento econômico mais lento, a escassez de oferta e a inflação. 

Os empregos que devem ter um crescimento de demanda nos próximos cinco anos são:  

  • Especialistas em IA e machine learning 
  • Especialistas em sustentabilidade 
  • Analistas de inteligência de negócios 
  • Especialistas em segurança da informação 

Ao mesmo tempo, o maior crescimento absoluto de vagas criadas é esperado para setores de educação, agricultura e e-commerce. Funções administrativas e de secretariado devem enfrentar reduções maiores na quantidade de vagas. 

Estabilidade depende de requalificação 

A transição para uma economia verde e a adoção da inteligência artificial abrem novas fronteiras no mercado de trabalho. Por outro lado, também atestam a disparidade entre as habilidades atuais do profissional médio e as exigências impostas pelos ditos “empregos do futuro”. 

A “revolução da requalificação” enfrenta desafios substanciais, com seis em cada 10 trabalhadores necessitando de treinamento até 2027. 

Dessa forma, profissionais com facilidade de adaptação a novos cenários sairão na frente nessa corrida. Para se manter resiliente diante dessas mudanças, o investimento em novas habilidades ligadas aos campos de destaque é inegociável dentro de uma jornada contínua. 

O relatório aponta para um futuro em que o investimento em setores emergentes será essencial, e a adaptação a novas realidades ocupacionais será imperativa para garantir uma transição suave entre as ondas turbulentas do mercado de trabalho. Confira o relatório completo da pesquisa.

Fórum de Davos 2024 

Mais uma edição do Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos acontecerá do dia 15 ao dia 19 de janeiro de 2024, dessa vez sob o lema “Reconstruindo a confiança”.  

O evento pretende reunir mais de 2,5 mil chefes de estado e de governo, CEOs de empresas, representantes da sociedade civil, meios de comunicação globais e líderes juvenis de todas as regiões do mundo para debater caminhos para reconstruir a confiança e moldar os princípios, as políticas e as parcerias necessárias para enfrentar os desafios de 2024.  

Entre os temas previstos no encontro estão a paz mundial, o crescimento da economia e dos empregos, a inteligência artificial e a transição energética. Além disso, os desdobramentos do conflito na Ucrânia e o aumento da inflação e das taxas de juros. 

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