A estratégia de expansão digital do Magazine Luiza
Fred Trajano, presidente da empresa, aposta na expansão no comércio online no Brasil, cujas vendas dobraram durante a pandemia
22/12/2020O Magazine Luiza pagou R$ 290 milhões pela fintech Hub, que foi fundada pelo empresário Carlos Wizard Martins há oito anos.
Foi a décima segunda aquisição feita pela rede no ano em que reforçou sua atuação digital, em meio à pandemia.
O presidente da empresa, Frederico Trajano, explica que o grande objetivo da estratégia é conquistar a liderança do mundo digital brasileiro.
“Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana”, disse o executivo, referindo-se às gigantes Alibaba, Mercado Livre e Amazon.
Área de pagamentos
Segundo ele, a Hub tem acesso ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e também ao Pix, com autorização do Banco Central desde julho para atuar como instituição de pagamento.
Com a aquisição, o Magazine Luiza reduz a contratação de prestadores de serviço e fortalece o MagaluPay, lançado em julho
A conta de pagamentos é considerada o elo fundamental de todos os superapps da China – como o WeChat, que tem o WeChatPay, e o Alibaba, que tem o AliPay, segundo o executivo.
Hoje a empresa tem 2 milhões de contas abertas no MagaluPay, nem todas são ativas. A ideia é ampliar a oferta de produtos financeiros em todo o sistema.
A empresa também tem o LuizaCred, com 4 milhões de cartões emitidos, e quer usar a Hub para fazer a conexão de operações do cartão com a área financeira.
Além do uso de aplicativos, a empresa busca crescer em novas categorias de produtos, agilização das entregas, crescimento do negócio e oferecer serviços.
Estratégia digital
Trajano explica a estratégia da companha: “Tenho de preparar meu time para que a gente cresça independentemente do cenário. Um modelo de negócios mais amplo reduz riscos. E uma coisa não vai mudar: o Brasil ficou mais digital, mas a fatia nas vendas subiu de 5% para 10% na pandemia. Tem muito espaço para crescer, pois na China esse porcentual é de 30%. E queremos ser protagonistas no digital. Não vou esperar uma empresa estrangeira ser protagonista digital no Brasil, seja ela chinesa, argentina ou americana”.
(Agência Estado)