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Federal Reserve defende novas altas de juros e vê mercado imobiliário retraído

Ata da última reunião do Fed cita tensões no mercado de trabalho, alta da energia e reafirma que novas altas de juros continuam apropriadas

Vista de Nova York

A inflação acumulada nos últimos 12 meses até setembro nos EUA é de 8,5%, ante a meta oficial de 2% | Foto: Getty Images

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) adverte que a inflação nos Estados Unidos continua “elevada”, diante de fatores como aumento dos preços de energia, e acrescenta que mais altas nos juros “continuam a ser apropriadas” nas próximas reuniões do colegiado. A inflação acumulada nos últimos 12 meses até setembro no país é de 8,5%, ante a meta oficial de 2%.

Na ata da última reunião, os dirigentes do Federal Reserve citaram que tensões no mercado de trabalho, uma nova rodada de altas dos preços da energia em âmbito global, problemas em cadeias produtivas e um maior repasse de avanço nos salários para os preços seriam choques potenciais, que, caso se materializem, “poderiam compor um problema já desafiador para a inflação”.

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Os dirigentes do Fed ressaltaram que, entre as reuniões de julho e de setembro do seu Comitê Federal de Mercado Aberto, as condições financeiras nos mercados ficaram mais apertadas, à medida que os investidores aumentaram as estimativas para a trajetória dos juros.

Mercado de imóveis vive contração, segundo a ata do Federal Reserve

A equipe de economistas que assessora o Federal Reserve notou que dados recentes do mercado imobiliário dos Estados Unidos apontam para mais uma forte contração do setor no país no terceiro trimestre.

“As exportações reais de bens aumentaram em junho e depois subiram ainda mais em julho, lideradas por aumentos nas vendas de insumos industriais. Em contraste, as importações reais de bens caíram em junho e depois cederam acentuadamente em julho, impulsionadas por um grande declínio nas importações de bens de consumo. As exportações e importações de serviços continuaram a ser travadas por uma recuperação incompleta das viagens internacionais. O déficit nominal do comércio internacional dos EUA continuou a diminuir em junho e julho. No seu conjunto, as exportações líquidas contribuíram positivamente para o crescimento do PIB no segundo trimestre e pareciam estar a caminho de dar outro contributo positivo no terceiro trimestre”, diz o documento.

No cômputo final, aponta a ata, os indicadores sugerem que o Produto Interno Bruto (PIB) real dos Estados Unidos “estava crescendo a um ritmo modesto no terceiro trimestre, após ter recuado no primeiro semestre do ano”. (AE)

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