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Federal Reserve eleva a taxa juros ao maior patamar desde 2018

Banco central dos Estados Unidos anuncia novo aperto monetário e eleva juro básico em 0,75 ponto porcentual

Federal Reserve

Fed Funds tiveram nova alta na tentativa do Fed de coter inflação recorde| Foto: Getty Images

O Federal Reserve (banco central americano) voltou a elevar os juros nos Estados Unidos em 75 pontos-base, repetindo a dose de aperto monetário da última reunião.

Com a decisão, os juros sobrem do intervalo de 1,50% a 1,75% para 2,25% a 2,5%. A decisão foi anunciada no fim da reunião de política monetária na tarde desta quarta-feira

A subida nos juros americanos para conter a maior inflação em mais de 40 anos afeta diretamente os investimentos e o câmbio no Brasil, porque tende a levar a uma saída de investidores de países emergentes.

A decisão anunciada hoje era esperada pela maioria dos economistas do mercado financeiro. Agora a taxa básica nos EUA, a dos Fed Funds, alcança o maior patamar desde dezembro de 2018.

Leia a íntegra do comunicado AQUI.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve antecipou que novos aumentos nas taxas de juros serão apropriados, tendo em vista o cenário da inflação.

“Os indicadores recentes de gastos e produção suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas sobre os preços”, diz o documento, que também cita que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e pesando sobre a atividade econômica global.

Neste cenário, o Fomc ficará “altamente atento” aos riscos de pressão inflacionária e se mantém “fortemente comprometido” em retornar a taxa de inflação à meta de 2% ao ano. O Fed ainda assegura que continuará a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.

“O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado, caso surjam riscos que possam impedir a realização dos objetivos do Comitê”, diz o texto. “As avaliações do Comitê levarão em conta uma ampla gama de informações, incluindo leituras sobre saúde pública, condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, completa.

O Federal Reserve reafirmou seu plano de diminuir o balanço de ativos da entidade conforme os termos definidos na reunião de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

No comunicado o Fed reiterou que reduzirá suas participações em Treasuries, títulos de agência e títulos lastreados em hipoteca (MBS, na sigla em inglês).

Pelo plano, iniciado em 1º de junho, o Fed reduz as compras de MBS em US$ 17,5 bilhões ao mês e as de Treasuries em US$ 30 bilhões, em um total de US$ 47,5 bilhões, durante os três primeiros meses. Depois disso, a partir de setembro, a redução será de US$ 60 bilhões por mês para Treasuries e US$ 35 bilhões para MBS, em um total de US$ 95 bilhões. (Com AE)

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