Férias na Europa só com Pfizer ou AstraZeneca
Bloco europeu aceita a entrada de turistas vacinados, mas quem tomou Coronavac terá de fazer quarentena de 14 dias na chegada
21/05/2021A União Europeia decidiu reabrir suas fronteiras para turistas já vacinados, mas apenas para quem tomou as vacinas aprovadas pelo bloco, como as da Pfizer e AstraZeneca, ou que venham de países considerados seguros.
A decisão favorece o setor de turismo, ao permitir viagens mais longas na temporada de verão que começa em junho no continente europeu. A decisão libera a passagem de viajantes não essenciais que visitem países do bloco sem a necessidade de quarentena e testagem. Países com maior dependência do turismo, como Grécia e Espanha, comemoram a decisão que será sacramentada nesta sexta-feira, 21.
O bloco dee reabrir para visitantes que tenham completado a imunização pelo menos duas semanas antes da viagem, usando uma das vacinas aprovadas por seu próprio órgão regulador ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Vacinas aprovadas na União Europeia
Isso abrange as vacinas de Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna, Pfizer-BioNTech e Sinopharm, de acordo com o jornal The New York Times.
A medida vai beneficiar turistas brasileiros, uma vez que duas das cinco vacinas – Oxford/AstraZeneca e Pfizer-BioNTech – já são aplicadas no Brasil. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 7,4% dos vacinados que completaram a imunização estariam aptos a viajar atualmente – o que equivale a 1.336.153 pessoas.
De acordo com os dados do ministério, do total de pessoas que receberam as duas doses dos imunizantes disponíveis em território nacional, 92,6% receberam a vacina Coronavac, que não está incluída nos termos do acordo europeu.
Vacinado com Coronavac terá quatrentena
Os outros 7,4% – o que representa 1.336.153 pessoas – receberam duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca, enquanto vacinas da Pfizer-BioNTech só foram utilizadas em aplicações de primeira dose até o momento. Considerando apenas a primeira dose, 55,1% das vacinas aplicadas no Brasil são Coronavac, 42,8% AstraZeneca/Oxford e apenas 2,1% Pfizer-BioNTech.
A não inclusão da Coronavac no acordo atual não impede que os imunizados com ela acessem o território europeu, mas dificulta a logística. A viagem ficaria condicionada a apresentação de um teste PCR feito até 72 horas antes do embarque e a uma quarentena de 14 dias no país de desembarque, com isolamento e rastreio de contatos.
Alguns países, como a Grécia, no entanto, já disseram que removerão os requisitos de teste e quarentena para visitantes vacinados. Mas a maioria dos países provavelmente implementará essas mudanças de forma mais lenta e conservadora.