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First Republic Bank recebe US$ 30 bilhões de 11 bancos para escapar da crise

Os bancos JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo concordaram em contribuir com US$ 5 bilhões cada para socorrer o First Republic Bank

Bancos dos EUA

Socorro financeiro é estratégia para evitar nova corrida por saques que pode agravar crise de liquidez | Foto: Getty Images

Menos de uma semana após o colapso repentino de um trio de bancos menores abalar a confiança dos depositantes em todo o país, 11 bancos fecharam um acordo de US$ 30 bilhões para sustentar outro credor pego na turbulência. O First Republic Bank, que está no centro da crise que envolve uma parte do setor bancário, receberá uma grande injeção de depósitos de outros credores em uma tentativa de evitar um colapso, disseram os bancos nesta quinta-feira.

A demonstração de apoio ao First Republic Bank é “muito bem-vinda”, de acordo com uma declaração conjunta da secretária do Tesouro, Janet Yellen, do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell e do presidente da Federal Deposit Insurance Corporation, Martin J. Gruenberg. Quase uma dúzia de bancos participam do US$ 30 bilhões para injetar depósitos no First Republic Bank. Os bancos JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo concordaram em contribuir com US$ 5 bilhões cada.

Saiba mais

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que o que causou a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) na semana passada foi que o banco não conseguiu atender pedidos de saque dos depositantes. Ela acrescentou que ainda será necessário investigar o que desencadeou esse processo.

“Houve uma corrida em massa por saques que gerou problemas de liquidez e o banco teve que ser fechado por isso”, resumiu ela.

Yellen deu depoimento ao Comitê de Finanças do Senado nesta quinta-feira, 16. A pauta foi a proposta de orçamento apresentada pela administração Joe Biden na semana passada.

O First Republic Bank é um banco comercial e provedor de serviços de gestão de patrimônio com sede em São Francisco. Atende a indivíduos de baixo risco e alto patrimônio líquido. Ela opera 93 escritórios em 11 estados, principalmente em Nova York, Califórnia, Massachusetts e Flórida.

Socorro ao First Republic Bank reflete preocupação do governo Biden com crise de crédito

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos disse que uma preocupação do governo Joe Biden é a possibilidade de o crédito ficar mais caro e menos acessível, caso bancos sob estresse após crise no Signature Bank e SVB se tornarem mais relutantes a conceder empréstimos.

“Isso poderia virar uma fonte de risco econômico negativo”, afirmou ela. A secretária disse que há estatísticas para identificar se bancos estão apertando as condições de crédito, a exemplo do Senior Credit Officer Opinion Survey, ao ser perguntada sobre quais indicadores o Tesouro está monitorando para saber se suas medidas de intervenção aos Signature Bank e SVB serão bem sucedidas.

Janet Yellen afirmou que será necessário pensar sobre requerimentos de liquidez para bancos com forte dependência de depósitos não segurados, após os casos de quebra e de intervenção nos EUA.

Ela disse que bancos que têm mais depósitos segurados e clientes do varejo tendem a não sofrer com corridas como as que as duas instituições bancárias em crise registraram.

“O SVB era um banco que tinha uma proporção muito alta de depósitos não segurados, que o tornava vulnerável a corridas – e sofreu uma corrida devastadora”, afirmou Janet Yellen a um parlamentar durante sabatina no Comitê de Finanças do Senado norte-americano. (Com AE)

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