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Agência Fitch reafirma rating do Brasil, com perspectiva estável

Agência de classificação de risco reafirma rating 'BB' para o Brasil,, e destaca que nota soberana é limitada pelo fraco potencial de crescimento

Vista do Rio de Janeiro

a Fitch estima um déficit fiscal de 2% do PIB este ano, após o superávit de 1,2% em 2022 | Foto: Getty Images

A Fitch reafirmou o rating do Brasil em ‘BB’, com perspectiva estável, mantendo a avaliação feita em julho, quando a agência de rating havia elevado a nota do país. Segundo o comunicado, a nota soberana é limitada pelo fraco potencial de crescimento econômico, elevado e crescente endividamento e a rigidez orçamentária.

A Fitch aponta que o novo arcabouço fiscal introduzido neste ano visa ancorar um processo de consolidação gradual e resolver as fraquezas orçamentárias, mas a sua eficácia é cada vez mais incerta. Para a agência, a meta de déficit zero em 2024 “parece cada vez mais duvidosa, à luz das incertezas das receitas e das despesas”.

Saiba mais

O relatório traz que as autoridades identificaram uma série de medidas fiscais que esperam aumentar as receitas em 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o rendimento potencial das medidas já promulgadas é incerto e várias ações ainda dependem de aprovação do Congresso.

“Caso as receitas fiquem aquém das expectativas orçamentárias e comprometam a meta fiscal, isso desencadeará cortes discricionários de gastos sob a nova regra fiscal do Brasil, mas o valor necessário desses cortes está sujeito a disputas, dadas as interpretações conflitantes das diferentes disposições da regra.”

Agência Fitch projeta déficit fiscal do Brasil em 2%do PIB em 2023

A Fitch estima um déficit fiscal de 2% do PIB este ano, após o superávit de 1,2% em 2022. Para o governo central, o resultado deve sair de um superávit de 0,5% no ano passado para um déficit de 2,2% este ano.

“A posição fiscal do Brasil está no caminho certo para uma deterioração substancial em 2023, impulsionada por receitas fracas, grandes aumentos de gastos relacionados principalmente à expansão dos benefícios sociais do Bolsa Família e à liquidação do estoque restante de pagamentos de precatórios.”

A dívida deve subir de 71,7% do PIB em 2022 para 74,6% este ano e se aproximar de 80% em 2025, bem acima da mediana para países com rating na categoria ‘BB’, que é de 53%. (Valor Econômico)

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