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França vai estender uso do passaporte da vacina da covid-19 até 2022

Válido em vários países europeus, o passaporte sanitário é exigido em locais para mais de 50 pessoas desde 21 de julho na França

Perspectiva de baixo para cima de prédios históricos de Paris, com destaque para a palavra "café" e a Torre Eiffel ao fundo, alusivo ao passaporte da vacina exigido na França

Extensão do prazo do passaporte da vacina deverá se consolidar em projeto de lei com apresentação prevista para 13 de outubro | Foto: Getty Images

O governo da França anunciou a intenção de estender o passaporte da vacina contra a covid-19 até 2022.

O passe, que é necessário para acesso a restaurantes, espaços culturais e até mesmo hospitais, originalmente seria exigido até o dia 15 de novembro deste ano.

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“O que vamos propor ao Parlamento é manter por mais alguns meses, até o verão, a possibilidade de usar (o certificado)”, disse o porta-voz do governo, Gabriel Attal ,após uma reunião do Conselho de Ministros.

Ao escolher o verão – de junho até setembro de 2022 no Hemisfério Norte – como prazo, o Palácio do Eliseu estenderia o uso do documento para além do final das atividades parlamentares, em fevereiro, que ocorre devido às eleições presidenciais em abril e às eleições legislativas, em junho.

A intenção anunciada por Attal na quarta-feira, 29, deverá ser consolidada em um projeto de lei com apresentação prevista para 13 de outubro.

“Os últimos 18 meses nos mostraram que temos que permanecer prudentes e vigilantes”, disse Attal, que enfatizou que o desejo de Paris é manter o menor número possível de restrições. Ele também expressou otimismo sobre a situação “graças à vacinação”. A França já vacinou 74% de sua população com ao menos uma dose e 66% das pessoas já estão totalmente imunizadas.

Como funciona o passaporte da vacina na França

O passaporte sanitário, um código QR no smartphone ou em um pedaço de papel comprovando que a pessoa está vacinada contra a covid-19 ou que tem testes com resultados negativos da doença, é obrigatório desde 21 de julho em locais com capacidade para mais de 50 pessoas.

São incluídos neste rol bares, restaurantes, hospitais (exceto para emergências) e grandes centros comerciais.

Para ser válido, o passaporte da vacina, que já está em vigor em vários países europeus além da França, deve indicar o cronograma completo de vacinação, ou apresentar um certificado de teste positivo de pelo menos 11 dias e menos de seis meses, no caso da covid-19.

Um teste negativo de “menos de 72 horas” também é aceitável.

Sua implementação gerou protestos semanais e, no sábado passado, mais de 60 mil pessoas se manifestaram contra o passe.

Muitos dos manifestantes eram contra o passaporte obrigatório, que eles veem como “vacinação obrigatória disfarçada”.

Eles consideram a coerção desproporcional e estão preocupados que um empregador possa suspender o contrato de trabalho de um empregado que não tenha um. O governo, entretanto, prefere falar sobre os vacinados.

“O rosto de uma França que está lutando é o dos milhões de franceses que respeitaram os gestos de barreira, que cuidaram de seus entes queridos, que foram vacinados”. Infelizmente, muito menos se fala deles do que da parcela antivacina, anticiência, antiestatal (…) Eu entendo o medo, tudo deve ser feito para tranquilizar as pessoas. Mas chega um momento em que é suficiente”, diz o ministro da saúde, Olivier Véran. (AE)

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