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Hamsters servem de cobaias para testes de vacina no Butantan

Instituto Butantan vem fazendo testes de soro em roedores para desenvolver medicamentos que possam ajudar a conter a covid-19

Hamester

Roedores servem de cobaias há cinco meses para o desenvolvimento de soro de vacinas | Foto: Getty Images

O Instituto Butantan está testando um soro contra o coronavírus em hamsters.

O medicamento começou a ser desenvolvido há mais de cinco meses pelo instituto, usando vírus inativo para induzir a produção de anticorpos por animais.

Nos próximos dias, a instituição deve apresentar os resultados dessa etapa da pesquisa.

O soro que está sendo testado em hamsters foi produzido a partir da inoculação do vírus inativo em cavalos. O corpo dos animais reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção.

Depois, o sangue dos equinos é coletado e esses anticorpos isolados para que possam ser usados contra a doença. É esse produto que está sendo testado nos roedores que foram inoculados previamente com coronavírus. Agora, os pesquisadores podem observar se o soro será efetivo contra a doença.

Segundo a diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski Tavassi, os testes clínicos do soro em animais vivos são uma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o medicamento possa ser usado em pacientes com covid-19.

“A Anvisa pediu para fazer um teste para provar que esse teste é capaz de reduzir a quantidade de vírus”, enfatizou em entrevista à Agência Brasil.

O Butantan já é referência na produção de soros, como os antiofídicos, que neutralizam os efeitos de venenos de cobras, e o antirrábico, contra a raiva. “O Butantan produz soro há mais de cem anos”, afirmou Tavassi.

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