Prévia do PIB do Banco Central mostra retração de 0,77% em agosto
Resultado do indicador é o pior desde janeiro deste ano, mas na comparação com agosto do ano passado aponta crescimento de 1,28%
20/10/2023
Indicador que serve de parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses ficou acima das expectativas | Foto: Getty Images
A economia brasileira voltou a se retrair em agosto, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador recuou 0,77%, na série livre de efeitos sazonais. Em julho, a alta havia sido de 0,42% (dado atualizado nesta sexta-feira, 20).
De julho para agosto, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 147,69 pontos para 146,56 pontos na série dessazonalizada. O resultado é o pior desde janeiro deste ano, quando o indicador pontuou 143,76.
O dado do IBC-Br ficou pior que a mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de baixa de 0,60%. O intervalo ia de queda de 1,10% a retração de 0,30%.
Já na comparação entre os meses de agosto de 2023 e de 2022, houve crescimento de 1,28% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 152,04 pontos no oitavo mês do ano, o melhor desempenho para o mês na série histórica iniciada em 2003 – superando o recorde anterior de 151,81 pontos de agosto de 2013.
IBC-Br: prévia do PIB fica 1,1% acima do resultado de agosto de 2022
O indicador de agosto ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 1,10% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de alta de 0,10% a elevação de 1,90%.
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Já a equipe econômica projeta expansão de 3,2%.
Dados mostram retração da economia no trimestre até agosto
Após o forte crescimento no começo do ano, a economia brasileira se retraiu no trimestre de junho até agosto, conforme o IBC-Br. Na série com ajuste sazonal, o recuo foi de 0,65% ante os três meses anteriores (março a maio).
Na comparação com o mesmo período de 2022, entretanto, a elevação no trimestre até agosto foi de 1,52% na série sem ajustes sazonais, informou o BC nesta sexta-feira, 20. No ano até agosto, o resultado do IBC-Br ainda é positivo em 3,06%. Já em 12 meses, o crescimento é de 2,82%. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Já a equipe econômica projeta expansão de 3,2%.
O Banco Central revisou dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O indicador de julho passou de +0,44% para +0,42%. Em relação a junho, o resultado seguiu em +0,22%, enquanto o de maio mudou de -1,83% para -1,85%. O IBC-Br de abril foi atualizado de +0,99% para +1,04%, enquanto o índice de março continuou em -0,22%. Em fevereiro, o índice variou de +3,08% para +3,14%. Conhecido como uma espécie de “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. (AE)