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Petróleo tem alívio com suspensão temporária de sanção dos EUA contra Venezuela

Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA liberou petróleo da Venezuela temporariamente

Petróleo

Segundo comunicado oficial, “a licença só será renovada se a Venezuela cumprir os seus compromissos no âmbito do roteiro eleitoral, bem como outros compromissos relativos àqueles que são presos injustamente” | Foto: Getty Images

Petróleo apresenta queda nos preços com alívio das sanções dos EUA contra a Venezuela (USD90,2/b; -1,42%). Ontem o Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Tesouro dos Estados Unidos emitiu uma licença de seis meses que autoriza de forma temporária as transações com o setor de petróleo e gás da Venezuela. A suspensão das sanções ocorre após o regime de Nicolás Maduro concordar em retomar as negociações com a oposição para eleições livres no ano que vem.

Segundo comunicado oficial, “a licença só será renovada se a Venezuela cumprir os seus compromissos no âmbito do roteiro eleitoral, bem como outros compromissos relativos àqueles que são presos injustamente”.

Nesta quinta-feira o minério de ferro apresenta alta com melhores perspectivas para a demanda dada possibilidade de estímulos do governo (USD117,1/t; +1,01%)

Bolsas na Europa e futuros nos EUA operam em ligeira alta nessa manhã, enquanto bolsas na Ásia encerraram o dia no vermelho. Destaque da agenda fica para discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, às 13h. Na agenda, ainda serão divulgados dados de pedidos de auxílio desemprego semanais e dados de moradias.

O Ibovespa apresentou queda ontem de -1,60%, cotado a 114.059,64 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio prazo e no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 120.000 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.600 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 113.300. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou leve alta de +0,35% no último pregão, cotado a 5.070 pontos. O ativo se encontra em tendência de alta no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 5.040 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.870. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.230 e a segunda em 5.340.

Destaque doméstico:

Agenda doméstica do dia é vazia. As atenções devem ficar voltadas para palestra de Roberto Campos Neto às 09:30h em encontro da Fenabrave. Ontem, o presidente do BC indicou continuidade do ritmo de corte da Selic de 0,50pp.

Empresas:

Vale: Cia emitiu comunicado dizendo que não recebeu nenhuma petição relativa à indenização de R$ 100 bilhões contra a Samarco e seus acionistas, Vale e BHP
Petrobras: Se tiver que fazer reajuste, será feito, diz o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates
Copel: Cia diz que 1.437 funcionários aderiram ao seu PDV, que tem custo estimado de R$ 441 milhões
Bradesco: O banco e Americanas ficam perto de acordo e concordam com suspensão de processo: Estado
Light: Distribuidora da Light também pode ser retirada de recuperação judicial: Estado
Tesla: Ação cai cerca de 5% nas negociações de pré-mercado com resultados 27% abaixo do esperado
Netflix: Ação subiu no após fechamento do mercado depois que a empresa registrou seu melhor trimestre em crescimento de assinantes em anos

Agenda do Dia:

09:30 – EUA – Pedidos de Auxílio desemprego
11:00 – EUA – Vendas de Casas Existentes/Setembro
11:00 – EUA – Leading Index/Setembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 114.060 (-1,60%)
S&P: 4.315 (-1,34%)
Dólar Futuro: R$5,07 (+0,35%)

Atualizações Safra:

Randon: Acelerando o crescimento – Anunciada nova fábrica de eixos dianteiros

A Randon anunciou que sua subsidiária Suspensys assinou acordo com um dos maiores Fabricantes (OEM) de caminhões e ônibus do Brasil. O acordo refere-se à produção de eixos dianteiros para toda a linha de veículos comerciais da fabricante. Como parte da transação, a Randon irá adquirir ativos e construir uma nova fábrica em Mogi Guaçu (SP), que deverá estar operacional até o 1T25. O negócio deverá gerar receita adicional de até R$ 7,0 bilhões nos próximos dez anos. Vale ressaltar que a conclusão da operação está condicionada ao cumprimento das condições precedentes previstas no acordo, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Vemos essa notícia como positiva para a Randon. Com base em nossa análise, a Randon poderia gerar um VPL de R$ 175 milhões, aproximadamente 5,3% de seu valor de mercado atual. Além disso, esta transação ampliará o portfólio de produtos da Randon e reforçará sua posição como player-chave, ampliando sua presença no mercado OEM.

Serviços financeiros: Visão rápida da proposta do BC em relação ao parcelamento sem juros do cartão de crédito e taxa de câmbio

O fato: Após as frequentes discussões sobre a taxa de juros da linha rotativa do cartão de crédito, o presidente do Banco Central do Brasil (BCB) propôs limitar o parcelamento sem juros a 12 meses, além de estabelecer um limite para as taxas de intercâmbio do cartão de crédito (semelhante ao esquema de cartão de débito e pré-pago). Em teoria, isto ajudaria a contrabalançar os impactos da redução esperada nas taxas de juro renováveis. O BCB planeja avaliar os potenciais impactos nas próximas semanas e apresentar simulações/backtesting para avaliar sua viabilidade. No geral, as notícias têm implicações mistas tanto para os bancos como para os adquirentes.

Nossa opinião: Fluxo de notícias positivo, mas ainda assim impactos negativos líquidos em geral. O presidente do BCB, Sr. Campos Neto, está claramente trabalhando para encontrar uma solução em que nenhum agente específico no arranjo de pagamento com cartão sofra impactos relativamente maiores. Limitar as prestações sem juros a 12 meses beneficiaria os bancos em geral. Embora represente menos de 3% do volume total, de acordo com as nossas estimativas, o risco de crédito associado às prestações sem juros é claramente superior e poderemos observar um ajuste positivo, embora pequeno, no custo do risco. Por outro lado, as parcelas acima de 12 meses geram maiores receitas para as adquirentes, considerando o aumento do prazo e da rentabilidade dos recebíveis a serem antecipados. Embora esse efeito deva ser pior nas grandes contas, considerando a concentração de parcelas acima de 12 meses nas compras de alto ticket, o prazo médio da Cielo está em torno de 50 dias, o que consideramos inferior ao de outros concorrentes.

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