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Ibovespa supera os 126 mil pontos, apesar da piora fiscal; dólar sobe a R$ 4,90

Bolsa de Valores fechou em alta, mesmo após o relatório bimestral de receitas e despesas aumentar previsão de déficit do governo

Dolar mercado bolsa ibov

O dólar comercial fechou em alta de 0,07%, a R$ 4,9016, depois de ter atingido a máxima de R$ 4,91 | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em leve alta nesta quarta-feira e conseguiu superar os 126 mil pontos, mantendo a tendência positiva dos últimos dias. A queda dos juros futuros continuou a apoiar a bolsa, que segue nos maiores níveis em mais de dois anos. O índice, porém, fechou longe das máximas intradiárias. O relatório bimestral de receitas e despesas, que trouxe aumento na previsão de déficit fiscal para este ano, fez o Ibovespa perder força ao longo do pregão. A desvalorização da ação da Vale, a mais pesada do índice, também pesou negativamente.

Após ajustes, o Ibovespa subiu 0,33%, aos 126.035 pontos. A mínima intradiária foi de 125.439 pontos, enquanto a máxima alcançou os 126.875 pontos. O volume de negócios para o índice no dia foi de R$ 21,44 bilhões.

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Em Nova York, o índice S&P 500 subiu 0,41%, aos 4.557 pontos; o Dow Jones avançou 0,53%, para 35.273 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,46%, aos 14.266 pontos.

Dólar sobe a R$ 4,90

O dólar à vista fechou com leve valorização frente ao real , em uma dinâmica semelhante à observada no exterior, já que a moeda americana apresentou apreciação global. Ainda assim, o real foi uma das moedas que menos sofreu, de uma relação de 33 divisas.

Na leitura de operadores, os fundamentos têm dado suporte para resiliência da divisa brasileira, assim como diferencial de juros ainda elevado. apesar do ciclo de corte da Selic em andamento.

Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou em alta de 0,07%, a R$ 4,9016, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,8776 e tocado a máxima de R$ 4,9186.

Perto das 17h05, o contrato futuro da moeda americana para dezembro exibia apreciação de 0,06%, a R$ 4,9050. O índice DXY avançava 0,34%, a 103,915 pontos.

Juros futuros fecham em queda

Os juros futuros reagiram às declarações mais otimistas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com o cenário de desinflação no Brasil e encerraram o pregão desta quarta-feira em queda. Mesmo assim, o mercado voltou a mostrar sensibilidade elevada ao risco fiscal e as taxas futuras se afastaram dos menores níveis do dia após a revisão da projeção de déficit primário do governo para este ano, que passou de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões.

No fim dos negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 caiu de 10,565% do ajuste anterior para 10,50%; a do DI para janeiro de 2026 recuou de 10,305% para 10,245%; a do DI para janeiro de 2027 cedeu de 10,44% para 10,36%; e a do DI para janeiro de 2029 passou de 10,83% para 10,77%.

Petróleo fecha em baixa

O petróleo fechou em baixa de menos de 1% hoje após uma recuperação nas últimas horas do dia. No começo da tarde, os contratos caíam quase 5% por conta do adiamento da reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e o forte aumento dos estoques da commodity nos Estados Unidos.

O barril do petróleo WTI – referência americana – com entrega prevista para janeiro recuou 0,86%, a US$ 77,10. Já o barril do Brent – referência global – também para janeiro teve queda de 0,59%, a US$ 81,96.

A principal causa para a forte queda dos contratos mais cedo foi o adiamento da reunião da Opep+, de 26 para 30 de novembro. O grupo não esclareceu os motivos da decisão, mas há relatos na imprensa internacional de que a Arábia Saudita, que atualmente comanda a Opep+, não está satisfeita com os níveis de produção de alguns outros países membros. Investidores especulam que os sauditas, junto dos russos, devem estender os cortes voluntários de oferta para 2024 caso o preço do petróleo siga pressionado. (Valor Econômico)

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