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Aprovação da reforma tributária no Senado e balanços favorecem o Ibovespa

A agenda de indicadores econômicos é vazia, mas bolsa pode refletir a série de balanços que saíram entre ontem a noite e hoje pela manhã

Ontem o Ibovespa apresentou leve queda de -0,08% no último pregão, cotado a 119.176,67 pontos | Foto: Getty Images

Participação de Campos Neto em evento em Nova York e de diretor de política econômica do BC e de diretor de política monetária são destaques do dia. O Senado aprovou reforma tributária em 2 turnos e enviou o texto de volta à Câmara, o texto prevê a substituição de cinco tributos por três. A agenda de indicadores econômicos é vazia, mas bolsa pode refletir a série de balanços que saíram entre ontem a noite e hoje pela manhã.

Bolsas na Europa e futuros nos EUA apontam para um dia positivo. Discursos de Jerome Poweel e Christine Lagarde devem dar sinalizações sobre os juros e chamam atenção hoje na parte da tarde.

Ontem o Ibovespa apresentou leve queda de -0,08% no último pregão, cotado a 119.176,67 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 119.600 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.600 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.500. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,75% no último pregão, cotado a 4.919 pontos. O ativo testa um suporte anterior e se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.880 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.810. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.090 e a segunda em 5.220.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD80,2/b; +0,85%)
Minério de ferro sobe com otimismo sobre a demanda (USD125,1/t; +0,34%)

Empresas:

Braskem: Adnoc fez uma nova proposta para comprar fatia da Braskem, segundo uma pessoa familiarizada com o assunto / A estatal petrolífera dos Emirados Árabes Unidos está oferecendo R$ 37,29 por ação para adquirir quase toda a participação de 38,3% da Novonor / A Braskem divulgou vendas líquidas de R$ 16,68 bilhões no terceiro trimestre, abaixo das estimativas de R$ 18,51 bilhões
Americanas: B3 suspendeu a Americanas do Novo Mercado por tempo indeterminado e aplicou multas a 22 integrantes da diretoria e do conselho, segundo comunicado
BTG: Família Magalhães Pinto negocia venda do Banco Nacional ao BTG: Valor
CBA: Receita líquida no 3º trimestre supera estimativas
3R Petroleum: Receita líquida no 3º trimestre supera estimativas

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – Pedidos de Auxílio desemprego/Novembro
Balanços: Bradesco, B3, Banco ABC, C&A, Cemig, Allied, Alupar, CPFL, Cruzeiro do Sul, Cyrela, EcoRodovias, Energisa, EZTec, Fleury, GPS, Helbor, Infracommerce, IRB Brasil, Light, Locaweb, Lojas Renner, Moura Dubeux, Ouro Fino, PetroReconcavo, Petz, Plano&Plano, Porto Seguro, Qualicorp, Randon, Rumo, Sabesp, São Carlos, São Martinho, Tenda, Zamp

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 119.177 (-0,08%)
S&P: 4.383 (+0,10%)
Dólar Futuro: R$4,92 (+0,75%)

Atualizações Safra:

Simpar: Resultados do 3T23 – Resultado negativo devido ao pior desempenho das locadoras

A Simpar reportou resultados negativos no 3T23. Os números decepcionantes da Movida e Vamos, combinados com o aumento das despesas financeiras líquidas, compensaram o bom desempenho operacional das subsidiárias JSL e Automob, levando a um prejuízo líquido de R$ 137 milhões, de um lucro líquido de R$ 18,5 milhões no 3T22.
Na frente operacional, o faturamento da empresa atingiu R$ 8,3 bilhões (+22% A/a e +10% T/t). Este desempenho pode ser atribuído a: (i) um aumento de 26% A/a nas receitas de serviços, impulsionado por incrementos trazidos pelas subsidiárias JSL (JSLG3) e Automob, que se beneficiaram da integração de empresas recém-adquiridas e do aumento de 42% A/a nas vendas de veículos, o que compensou a queda de 12% nos preços médios. Por outro lado, os resultados negativos da Movida (MOVI3) e da Vamos (VAMO3) suavizaram o desempenho consolidado da Simpar; e (ii) aumento de 5% na receita de vendas de ativos, acompanhando menores vendas de veículos da Movida. No entanto, o EBITDA cresceu apenas 8% A/a, enquanto sua margem EBITDA caiu 333bps A/a, com o pior desempenho sendo parcialmente explicado (i) pelo aumento de 28% A/a no CPV, impulsionado principalmente por maiores custos na Movida; (ii) maior participação nas receitas provenientes da JSL e Automob, que possuem margens operacionais menores; e (iii) aumento de 33% A/A nas despesas gerais, administrativas e com vendas, para R$ 855 milhões, impulsionado pela adição de R$ 74 milhões em impostos e R$ 64 milhões em “outras despesas” acumuladas não divulgadas no trimestre, comparado a R$ 4 milhões em 3T22, assumindo que as despesas comerciais e administrativas cresceram apenas 12% A/A.

Consumo Discricionário: Resultados do 3T23: Resultados melhores que o esperado de SOMA e ALPA, enquanto GUAR foi a surpresa negativa

Em uma noite movimentada, cinco empresas de consumo discricionário divulgaram seus lucros, com resultados melhores que o esperado do Grupo Soma e da Alpargatas. Em ambos os casos, a surpresa positiva veio principalmente das despesas de gerais, administrativas e com vendas abaixo do esperado, o que levou a uma superação do EBITDA (13% para SOMA e 192% para ALPA). No entanto, no caso da SOMA, o desempenho da receita (+5% A/a), embora em linha com a nossa estimativa, continua a ser uma preocupação, especialmente quando comparado com o de VIVA (+21% A/a) e ARRZ (+13%). Quanto à ALPA, embora a sua margem EBITDA tenha sido muito superior ao esperado, permanece muito abaixo dos níveis anteriores. Portanto, a nosso ver, ainda é cedo para afirmar que a empresa atingiu um ponto de inflexão nos seus resultados. Por outro lado, o destaque negativo ficou com a Guararapes, com EBITDA abaixo do esperado devido às menores margens nos segmentos de varejo e serviços financeiros. A Vivara registrou um trimestre sem surpresas e em linha com nossa estimativa, enquanto o Grupo Casas Bahia teve um trimestre misto, com EBITDA melhor que o esperado, mas com grande perda de resultados.

Lavvi: Resultados do 3T23 – Desempenho sólido em todos os níveis

A Lavvi reportou resultados sólidos no 3T23, com números alinhados com nossas estimativas em geral. Apesar da ausência de lançamentos no trimestre, os números robustos de vendas da Saffire (reconhecimento de 50% do PoC) geraram uma receita líquida resiliente de R$ 205 milhões, enquanto a margem mais alta do empreendimento levou a um inspirador ajuste de 35%. margem bruta, impulsionando a expansão de 77% A/a e o ROE anualizado de 15,5% (+5,7pps A/a).
Em suma, reiteramos a nossa classificação de Compra para LAVV3, devido principalmente ao seu atraente potencial de valorização de 73%, mas também ao seu balanço sólido, ao seu estoque mais saudável entre as empresas sob a nossa cobertura, bem como à sua exposição ao segmento de média/alta e alta renda na cidade de São Paulo, a economia mais dinâmica do Brasil.

Taesa: Resultados do 3T23 – Reversão de impostos auxiliando no resultado; Anunciados dividendos e JCP de 1,6%

A Taesa reportou EBITDA regulatório ligeiramente fraco, atingindo R$ 502 milhões (estável em relação ao ano anterior), abaixo da nossa estimativa (-3%) e do consenso (-4,1%). O lucro líquido de R$ 330 milhões apresentou forte queda na comparação anual (-11,6% A/a), mas ficou 22,6% acima da nossa estimativa, como resultado de menores despesas financeiras e reversão de impostos. A companhia também anunciou a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio, no valor de até R$ 0,59/unit, o que equivale a um rendimento de dividendos de 1,6%, com data de corte em 13 de novembro de 2023. Esperamos uma reação ligeiramente positiva do mercado devido principalmente à inesperada distribuição de dividendos (até o momento, o payout acumulado referente aos lucros regulatórios chega a 65%).
Vemos os resultados operacionais da Taesa como moderados, refletindo a menor inflação do IGP acumulada em 12 meses e a maior pressão de custos neste trimestre, gerando margens abaixo do esperado. Ainda assim, a reversão de impostos ajudou a reduzir a queda nos lucros em relação ao ano anterior e a empresa decidiu anunciar distribuição adicional de dividendos. Mantemos nossa classificação Neutra principalmente por questões de valuation, pois vemos as ações sendo negociadas a uma TIR real de 7,2%. Acreditamos que o mercado estaria interessado em explorar a potencial participação da Taesa nos próximos leilões de transmissão, considerando que sua alavancagem é elevada, e se isso poderia impedir futuros pagamentos de dividendos.

Ultrapar – Resultados do 3T23: Desempenho estelar na Ipiranga

Todos os segmentos da Ultrapar apresentaram resultados sólidos no 3T23, superiores às nossas previsões e estimativas de consenso. A Ipiranga se beneficiou de um ambiente competitivo mais benigno e de ganhos de estoque, enquanto na Ultragaz os volumes cresceram bem. A margem EBITDA unitária da Ipiranga de R$ 244/m3 foi 61% superior à nossa expectativa de R$ 152/m3 e se compara aos R$ 80/m3 do 2T23, enquanto os R$ 992/t da Ultragaz ficaram 10% acima da nossa previsão e 8% acima do trimestre anterior. Esse sólido desempenho levou o EBITDA consolidado a R$ 1.992 milhões no 3T23, 34% acima da nossa estimativa e um aumento de 114% no trimestre, e o lucro líquido a R$ 865 milhões vs. nossa estimativa de R$ 458 milhões e R$ 214 milhões no 2T23.

Frasle: Resultados do 3T23 – Resultado sólido com margem acima do esperado

A Frasle divulgou bons resultados no 3T23, com seu robusto desempenho operacional refletido em um ROIC recorde de 17,1%. A Frasle continua se beneficiando da resiliente demanda do mercado de reposição nacional e dos bons números de sua última aquisição, a AML Juratek, que impulsionou as vendas externas e levou ao aumento de 9% A/a na receita consolidada. Enquanto isso, a boa gestão de custos da Frasle, melhorada com as sinergias obtidas com a transferência de sua fábrica de Diadema (SP) para Extrema (MG), somada à deflação de matérias-primas no período, levou sua margem bruta a um forte aumento de 443bps A/a, para 35,9%. Com isso, o lucro líquido da empresa atingiu R$ 106 milhões, aumentando 45% A/A.
Acompanhando a contínua melhoria do desempenho operacional e financeiro da companhia, reforçamos nosso rating de Compra para as ações da Frasle. Acreditamos que a empresa deve continuar a tirar partido da bem-sucedida estratégia de M&A implementada, com as suas empresas recentemente adquiridas a apoiar a sua expansão para novos mercados e novos produtos, bem como a oferecer oportunidades de vendas cruzadas que estão a impulsionar o crescimento orgânico da empresa e a sustentar maiores níveis operacionais. margens.

Grupo Mateus – Resultados do 3T23: Um trimestre sem surpresas

O Grupo Mateus registrou um crescimento anual de 17% (em linha com o Safra) sustentado por um crescimento de 4% nas vendas em mesmas lojas, apesar da desaceleração da inflação alimentar, juntamente com 20 novas lojas nos últimos 12 meses. No entanto, o EBITDA cresceu apenas 1% A/A (3% abaixo da nossa estimativa), com margem EBITDA 96bps inferior à do 3T22 (22bps inferior à estimativa do Safra) devido à maior participação do atacarejo no mix de vendas (pressionando a margem bruta) e maiores despesas com vendas relacionadas às novas lojas. O lucro líquido totalizou R$ 314 milhões, um aumento de 8% A/a e 63% acima da nossa estimativa, devido ao imposto de renda menor que o esperado. Outro destaque foi a melhoria do ciclo de caixa de 28 dias: redução de estoques em 18 dias, redução de recebíveis em 1 dia e aumento de fornecedores em 8 dias. Em termos de alavancagem, a GMAT encerrou o 3T23 com uma posição de dívida líquida de R$ 661 milhões (ou uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,4x), o que equivale a uma redução de R$ 475 milhões na comparação anual devido ao melhor ciclo de caixa.

MRV&Co: Resultados do 3T23 – Resultado financeiro abaixo do esperado e despesa com venda de terrenos

A MRV & Co reportou um resultado fraco no 3T23, com números ficando em sua maioria abaixo de nossas estimativas, mas ainda mostrando sinais encorajadores de recuperação. Por um lado, o impressionante desempenho das vendas trimestrais impulsionou uma expansão do faturamento de 14% A/A, enquanto a maior margem bruta de novas vendas (32,5% no 3T23) continua ganhando participação no P&L da empresa, levando a uma melhoria de 26,7%. margem bruta. Por outro lado, maiores despesas associadas à venda de terreno e pior resultado financeiro levaram ao prejuízo líquido de R$ 96 milhões acima do esperado.
Em suma, mantemos a nossa classificação de Compra em MRVE3. A empresa manteve seu tão necessário movimento em direção à recuperação da lucratividade, adotando uma postura mais dura no aumento dos preços de venda, que já estão superando a meta da empresa para o ano de 2023 de R$ 230 mil/unidade. Além disso, o capital levantado em sua oferta subsequente acelerou seu processo de desalavancagem, permitindo que a MRV se beneficiasse ainda mais das recentes mudanças implementadas no programa habitacional do MCMV, ao mesmo tempo em que sustentava uma estrutura de capital mais saudável.

Banco do Brasil: Resultados 3T23 – Resultados em linha

Visão do Safra: Neutra para as ações. À primeira vista, os resultados do Banco do Brasil ficaram estáveis em comparação com o segundo trimestre, o que pode sugerir perda de poder de gerar lucros. No entanto, apesar de antecipado em nossa prévia, os resultados foram novamente poluídos pelos 30% restantes de Americanas a serem provisionados e pelo correspondente aumento da inadimplência. Excluindo este efeito, o lucro antes de impostos teria crescido 0,6% em termos trimestrais, ou 3,8% em termos trimestrais, considerando o lucro pré-provisões, uma vez que os resultados foram impactados por um aumento do nível de outros custos operacionais. Observamos que o banco conseguiu conter a curva de inadimplência vintage de 2023 para pessoas físicas, o que consideramos positivo e deve levar a uma menor inadimplência no futuro, aliviando a pressão atual sobre o custo do risco e aumentos de carteira renegociados. No geral, os resultados do 3T indicam que o BB está no caminho certo para entregar resultados ligeiramente acima do ponto médio do guidance, corroborando nossa visão neutra sobre o preço das ações no pregão de amanhã.

Sanepar: Resultados do 3T23 – Resultados operacionais em linha com as estimativas

A Sanepar reportou EBITDA de R$ 778 milhões (aumento de 35,7% A/a), 11,6% acima da nossa estimativa e 20% acima do consenso. O valor reportado inclui reversões de inadimplência de R$ 88 milhões, relacionadas às iniciativas de recuperação de dívidas implementadas durante este trimestre. O EBITDA comparável de R$ 690 milhões ficou 1,0% abaixo da nossa estimativa, mas 6,8% acima do consenso. O lucro líquido foi de R$ 397 milhões (alta de 44,3% A/a), 17,4% acima da nossa estimativa e 37,8% acima do consenso. Esperamos uma reação ligeiramente positiva do mercado, já que os resultados ficaram acima das expectativas.

Odontoprev – Resultados do 3T23: Resultados operacionais em linha e surpresa positiva na alíquota do imposto de renda

O lucro por ação ajustado foi de R$ 0,21, +23% A/a, 5% acima do Safra e +7% vs. Apesar de uma sinistralidade pior que o esperado no segmento Corporate, sólidas adições líquidas de 106 mil associados, aliadas a alguma diluição de despesas gerais, administrativas e com vendas, levaram a Odontoprev a apresentar resultados operacionais em linha com nossas estimativas. Vale destacar que a marca Bradesco Dental atingiu 49% do portfólio, apresentando adições líquidas de 280 mil nos últimos doze meses (+73 mil neste trimestre), à medida que a Odontoprev continua aproveitando sua parceria com o Bradesco para expandir nos mercados mais rentáveis do canal bancário. Em suma, mantemos uma classificação Neutra para ODPV3, pois acreditamos que o valuation atual reflete em grande parte os fundamentos da ação.

Minerva – Resultados do 3T23: Trimestre fraco com preços mais baixos e margem abaixo do previsto

EBITDA Ajustado 13% abaixo da nossa projeção e 12% abaixo do consenso. A Minerva reportou resultados operacionais fracos no 3T23, pressionados pelos preços mais baixos em geral e pelo fraco desempenho no Paraguai, Colômbia e Austrália. A melhora observada no CPV ficou aquém das nossas expectativas, gerando uma surpresa negativa na margem EBITDA ajustada. Mantemos a classificação de Compra para BEEF3, pois acreditamos que seu preço atual incorpora muitos dos riscos relacionados à recente aquisição de plantas da Marfrig. Além disso, vemos mais riscos positivos do que negativos para os preços e spreads da carne bovina. Acreditamos que o prazo para a integração dos ativos adquiridos e a melhoria da procura global por carne bovina (principalmente na China) são fundamentais para o desempenho das ações.

3R Petroleum – Resultados do 3T23: Resultados melhores que o esperado

O forte desempenho operacional da 3R no 3T é consistente com as tendências esperadas, das quais destacamos: (i) aumento tanto na produção de petróleo quanto na venda de derivados, dado o primeiro trimestre completo da integração com o ativo Potiguar; (ii) preços do Brent 11% mais elevados em relação ao trimestre anterior e (iii) melhores condições comerciais para venda de petróleo e gás natural. O EBITDA consolidado de R$ 829 milhões se compara aos R$ 200 milhões no 2T23 e superou nossa estimativa de R$ 587 milhões, devido a (i) outras despesas que foram significativamente menores do que prevíamos (refletindo a queda acentuada nas despesas de transição) e (ii) maior EBITDA superior ao esperado de R$ 177 milhões no segmento médio e downstream, pois adotamos uma postura conservadora e uma abordagem de modelagem simplificada à luz da ausência de dados históricos. Apesar do forte desempenho operacional, a 3R registrou prejuízo líquido de R$ 77 milhões no trimestre, refletindo o efeito negativo da marcação a mercado de derivativos e o efeito das flutuações cambiais na dívida e nas contas a pagar de aquisições da empresa. Agora com seu portfólio integrado, os trabalhos em andamento para aumentar a produtividade e a confiabilidade das instalações apresentando resultados, acreditamos que mais atenção deve ser direcionada ao atraente potencial de crescimento da produção do 3R.

Equatorial – Resultados do 3T23: Mais um forte conjunto de resultados, impulsionados pelas unidades de distribuição

O EBITDA reportado da Equatorial de R$ 2.833 milhões (+69,3% A/A) ficou 28,7% acima da nossa estimativa e 21,9% acima do consenso. Os números ajustados também foram fortes (EBITDA de R$ 2.522 milhões, +15% vs. estimativas da J. Safra), beneficiando-se do bom momento nos volumes e do controle de custos nas unidades distribuição. Como resultado, o lucro líquido reportado de R$ 720 milhões (+42,8% A/A) ficou 97,5% acima da nossa estimativa e 41,9% acima do consenso. Esses resultados foram impactados por diversos itens não recorrentes, tais como: (i) +R$ 62 milhões de efeitos do IFRS no braço de transmissão relacionados a margens de construção sem impactos no caixa; (ii) +R$ 292 milhões do efeito da atualização monetária do ativo regulatório (VNR), também sem impacto caixa; (iii) +R$ 24 milhões referente aos efeitos da marcação a mercado; e (iv) -R$ 67 milhões provenientes da combinação de diversos itens não recorrentes. Esperamos uma reação positiva do mercado face à boa qualidade dos resultados e acreditamos que a tendência de fortes volumes deverá continuar.
Em nossa visão, os resultados foram positivos, refletindo volumes robustos e demonstrando mais uma vez o controle das despesas gerenciáveis. Acreditamos que essas tendências deverão continuar nos próximos trimestres, com base na expectativa de altas temperaturas (impactos do El Niño) e na execução do plano de turnaround nas unidades recentemente adquiridas. A companhia possui um bom histórico de execução e a geração adicional de caixa ajudará no processo de desalavancagem nos próximos trimestres, em nossa opinião. Mantemos nossa visão favorável para Equatorial.

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