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Bolsa sobe a 130 mil pontos com temporada de balanços

O dólar comercial encerrou em alta de 0,13%, cotado a R$ 4,9384, enquanto os preços do petróleo voltaram a subir com sinais de queda na oferta

ibovespa

Na sessão, WEG ON subiu 6,89% após reportar balanço e GPA ON teve ganhos de 6,22% antes de divulgar seu resultado trimestral | Foto: Getty Images

O Ibovespa oscilou bastante nesta quarta-feira, mas sempre perto da estabilidade, antes e depois da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que não trouxe grandes novidades. Assim, as maiores movimentações do índice no dia vieram do noticiário microeconômico, com a temporada de balanços das empresas.

No fim do dia, o índice fechou em leve alta de 0,09%, aos 130.032 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 129.359 pontos, e, nas máximas, os 130.034 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h20) foi de R$ 18,34 bilhões no Ibovespa e R$ 23,48 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 0,13%, aos 4.981 pontos, Dow Jones fechou alta de 0,13%, aos 38,612 pontos e Nasdaq recuou 0,32%, aos 15.580 pontos.

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Em sessão sem gatilhos macro, investidores aguardaram e analisaram ata do encontro de janeiro do do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). Mas ainda que a comunicação um pouco mais conservadora dos membros tenha se confirmado no texto, o ajuste firme das apostas em relação ao início do ciclo de afrouxamento monetários nos últimos dias já contemplava o cenário e, assim, as minutas da reunião trouxeram pouca alteração aos principais ativos financeiros ao redor do mundo.

Inflação nos EUA dificulta trabalho do Federal Reserve

O presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que os dados de inflação em janeiro, com os preços ao consumidor e no atacado subindo mais rápido do que o previsto, complicam as próximas decisões do banco central dos EUA sobre taxas de juros. E, embora tenha dito que estava relutante em dar “muito peso” aos dados de janeiro, especialmente por causa de questões sazonais, “isso definitivamente não tornou as coisas mais fáceis. Tornou as coisas mais difíceis”.

Fernando Bresciani analista do Andbank opina que, depois do rali do fim do ano passado e da correção mais recente, os mercados locais carecem de uma história própria, que possa mover os ativos apesar das incertezas em relação aos juros americanos. “Lá fora não há visibilidade sobre corte das taxas, o que indica que os Treasuries não devem se mexer muito no curto prazo. As bolsas americanas sobem descoladas do mundo com temporada de balanços acima do consenso, principalmente do setor de tecnologia”, diz.

“Por aqui os resultados trimestrais têm sido mistos até então e é verdade que o ano só começou agora em Brasília. Mas precisamos de alguma novidade interna, se não ficaremos acompanhando a volatilidade lá de fora. Com os juros demorando mais para cair nos EUA, a melhora dos mercados que esperávamos para o início do ano pode ter ficado para o segundo semestre. E nessa altura haverá eleições por lá e por aqui. Ou seja, é um cenário de algum otimismo, mas com cautela.”

Maiores altas e baixas do dia no Ibovespa

Na sessão, WEG ON subiu 6,89% após reportar balanço e GPA ON teve ganhos de 6,22% antes de divulgar seu resultado trimestral. Hapvida ON cedeu 4,51% após o J.P. Morgan cortar o preço-alvo do papel. Entre as blue chips, Vale ON registrou alta de 0,76% e Eletrobras ON recuou 1,93%.

Dólar sobe 0,13% cotado a R$ 4,93

O dólar comercial encerrou a sessão com leve valorização frente ao real, em um dia em que o intervalo de oscilação do câmbio ficou abaixo da média das últimas sessões, apesar da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed).

O documento do último encontro do BC americano não alterou a rota do mercado de câmbio nas sessão de hoje e, na ausência de um orientador claro, a moeda americana seguiu sem uma direção única no exterior.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,13%, cotado a R$ 4,9384, depois de ter tocado a mínima de R$ 4,9226 e encostado na máxima de R$ 4,9464, tendo oscilado R$ 0,024, enquanto a média das últimas sete sessões foi de R$ 0,030.

Perto das 17h05, o dólar futuro para março exibia apreciação de 0,24%, a R$ 4,9405. No exterior, o índice DXY recuava 0,07%, aos 104,014 pontos.

Petróleo fecha em alta com sinais de queda na oferta

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (21) com sinais de que a oferta está diminuindo e diante de um acirramento nos conflitos do Oriente Médio.

No fechamento, o contrato futuro do Brent, a referência mundial, para abril anotou alta de 0,84% a US$ 83,03 por barril. Já o WTI, a referência americana, também para abril avançou 0,87% a US$ 77,71.

Os preços quase não reagiram à ata da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) realizada em 31 de janeiro e que manteve os juros inalterados entre 5,25% a 5,5%. Na ata, sem muitas novidades, os membros do Fed apontaram preocupações com riscos inflacionários, mas notaram que as expectativas de inflação de longo prazo estão consistentes com a meta de 2% do banco central.

Já a inversão de preços dos futuros de petróleo, com o curto-prazo ficando mais caro que o longo-prazo, reflete, segundo analistas, a expectativa de menor oferta no curto prazo. No caso do Brent, o contrato futuro de maio está US$ 1 mais barato que o de abril, e o de junho está US$ 1 mais barato que o de maio.

Segundo o UBS, os estoques de petróleo do centro de distribuição entre Amsterdam, Rotterdam e Antuérpia caíram.

Os analistas do Bank of America (BofA) estão otimistas com uma possível recuperação nos preços. “Os preços de petróleo deverão se recuperar da queda de dois anos se ocorrer uma flexibilização da política monetária ocidental e se a disciplina da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se mantiver”, disseram os analistas em relatório. (Valor Econômico)

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