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Bolsa sobe 1,73%, maior alta desde 1º de setembro; dólar cai a R$ 4,99

Mesmo com a queda da Petrobras, causada pelo recuo na cotação do petróleo, o Ibovespa fechou em 114,7 mil pontos, e o dólar voltou a ficar abaixo dos R$ 5

Dólar e Ibovespa

Dólar à vista se firmou em leve baixa à tarde, em meio à aceleração dos ganhos do Ibovespa, e encerrou a sessão cotado a R$ 4,99 | Foto: Getty Images

Apesar da dinâmica negativa de Petrobras (ON -0,74%, PN -1,03%), com queda de 2% do petróleo, o Ibovespa enfim se desconectou da cautela externa que ainda deu o tom aos negócios em Nova York nesta quinta-feira. A Bolsa subiu 1,73% e fechou aos 114 mil pontos.

Foi o maior ganho em porcentual para o índice desde 1º de setembro (1,86%). Nesta quinta, encerrou o dia aos 114.776,86 pontos – maior nível de fechamento desde o último dia 17 (115.908,43) -, bem mais perto da máxima (114.885,61), no fim da tarde, do que da mínima (112.840,03) correspondente à abertura da sessão. Na semana, o Ibovespa voltou nesta quinta-feira ao positivo (+1,43%), ainda cedendo 1,53% no mês. Em 2023, sobe 4,59%. O giro financeiro desta quinta-feira foi a R$ 21,5 bilhões.

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Destaques do Ibovespa

À exceção de Petrobras, as ações de maior peso e liquidez na B3 mostraram sinal positivo ao longo da tarde, com destaque no fechamento para o setor metálico (Vale +2,14%, Gerdau +1,58%, CSN +2,26%) e grandes bancos (Itaú +2,48%, Santander +2,85%, Bradesco +2,55%, na PN, e +2,34%, na ON). Na ponta do Ibovespa, Gol (+8,29%), Carrefour Brasil (+6,96%) e IRB (+6,09%), com BRF (-2,25%) e as duas ações de Petrobras no canto oposto, além de Prio (-0,74%).

Em Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,76%, o S&P 500, de 1,18%, e o Nasdaq – que reúne as ações de “crescimento”, mais expostas à perspectiva para os juros americanos -, em baixa de 1,76% no fechamento do dia.

Dólar volta ficar abaixo de R$ 5

Em mais um pregão marcado por troca de sinais, o dólar à vista se firmou em leve baixa à tarde, em meio à aceleração dos ganhos do Ibovespa, e encerrou a sessão desta quinta-feira, 26, cotado a R$ 4,9902, recuo de 0,23%. Como na quarta-feira, as oscilações foram contidas, com o dólar variando pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,9891) e a máxima (R$ 5,0195). Na semana, a divisa acumula desvalorização de 0,82%.

Apesar do avanço acima do esperado da primeira leitura do PIB americano no terceiro trimestre, as taxas dos Treasuries recuaram com sinais de desaceleração inflacionária, abrindo espaço para apreciação da maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Entre pares do real, os pesos mexicano e colombiano, além do rand sul-africano, ganharam mais de 1%.

Entre as commodities, as cotações do petróleo caíram mais de 2%, com o contrato do Brent para janeiro novamente abaixo de US$ 90. Investidores monitoram o desenrolar do conflito no Oriente Médio. Tropas israelenses promoveram breve incursão terrestre na Faixa de Gaza na quarta à noite, enquanto preparam invasão terrestre.

Por aqui, a leitura benigna do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro e a aprovação do projeto de lei de taxação de fundos exclusivos e offshore na Câmara dos Deputados na quarta à noite, embora tragam sinais positivos para o desempenho da economia e o quadro fiscal, não conseguiram dar fôlego extra à moeda brasileira.

Novembro começa com mais uma superquarta

Na semana que vem, haverá nova “superquarta”, com decisão de política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Banco Central brasileiro. A aposta quase unânime dos investidores é que o Fed vai manter as taxa básica americana inalterada, mas trará no comunicado menção a possibilidade de nova alta. Por aqui, o BC deve reduzir a Selic mais uma vez em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano.

O PIB dos EUA cresceu ao ritmo anualizado de 4,9% no terceiro trimestre deste ano, acima da mediana de Projeções Broadcast (4,5%). O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 2,9% no período, o que representa aceleração ante o segundo trimestre (2,5%).

Analistas destacam, contudo, que o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, desacelerou de 3,7% no segundo trimestre para 2,4% no terceiro (taxa anualizada), o que sinaliza perda de força da inflação. Amanhã, o Departamento de Comércio dos EUA divulga o PCE de setembro.

Do lado doméstico, o IPCA-15 desacelerou de 0,35% em setembro para 0,21% em outubro, em linha com a mediana de Projeções Broadcast. Economistas destacaram a abertura positiva do índice, com perda de força de núcleos e medidas subjacentes.

À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial na semana passada (de 16 a 20 de outubro) foi negativo em US$ 703 milhões. No acumulado do mês (até o dia 20), contudo, o fluxo é positivo em US$ 3,375 bilhões, com entradas líquidas de US$ 1,010 bilhão (canal financeiro) e US$ 2,365 bilhões (comércio exterior). (AE)

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