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Ibovespa fecha em alta pela quinta semana consecutiva

Aprovação do novo arcabouço fiscal deu fôlego para o Ibovespa fechar no azul; Bolsa subiu 0,15% na semana, aos 110.905 pontos

Painel da bolsa de valores

Ibovespa tem leve alta na semana com aumento da expectativa de queda nos juros | Foto: Getty Images

Na semana em que a Câmara dos Deputados aprovou o texto do novo marco fiscal, a Bolsa teve altos e baixos, mas fechou na quinta alta semanal seguida. O Ibovespa subiu moderadamente a 0,15%, aos 110.905 pontos.

O projeto foi aprovado no final da noite de terça-feira por 372 votos a favor e 108 contra. O texto prevê que, após a divulgação bimestral de receitas e despesas primárias, que deve acontecer em maio de 2024, caso a arrecadação for maior que as expectativas, o governo pode gerar créditos suplementares na razão de 70% da diferença em relação ao realizado no ano anterior.

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Mas, caso ao final do período se verifique que a projeção de receitas se frustrou, será necessário descontar os valores no orçamento do ano seguinte.

“O ambiente está melhor e este tipo de otimismo do mercado diminui a volatilidade, a incerteza reduz”, disse Marcel Todeschini, do Banco Safra.

Maiores altas e baixas da semana

Com a aprovação das regras fiscais, a expectativa do mercado é de que a taxa de juros pode ser reduzida nas próximas reuniões.

Para o economista André Perfeito, com um texto mais austero do ponto de vista fiscal, é provável que o real se aprecie mais no curto e médio prazo, o que reforça uma perspectiva de inflação mais sob controle, favorecendo a expectativa de queda de juros, já reforçada pela mudança na política de preços da Petrobras.

“Tudo isso sugere que o Copom irá de fato iniciar o corte de juros em breve, muito provavelmente no início do segundo semestre.”

Com isso, as ações de empresas mais sensíveis aos juros tiveram o melhor desempenho no Ibovespa esta semana.

Locaweb subiu 8,36%, Azul ganhou 13,85%, Cyrela, 9,68%, Cogna, 10,84% e Alpargatas, 15,96%.

Já no lado negativo, os papéis de empresas de commodities foram as que mais perderam nesta semana. Isso em razão da queda do preço do minério de ferro.

O minério de ferro mais negociado para entrega em setembro na Dalian Commodity Exchange da China apesar de ter fechado em alta de 4%, a 709,50 yuans a tonelada, na semana a commodity caiu 3,5%.

Com isso, os papéis de siderúrgicas e mineradoras foram os que mais se desvalorizaram nesta semana. Usiminas perdeu 8,51%, CSN, 6,79% e CSN Mineração, 6,53%.

Completam a lista, a Cielo, com queda de 10.02% e a BRF, que recuou 7,20%.

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