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Ibovespa tem quarto pregão seguido de alta e dólar cai a R$ 4,88

Nas primeiras sessões de novembro, o Ibovespa acumula ganho de 4,6% - desde janeiro a alta é de 7,93%; dólar cai 0,17%

Ibovespa dolar

Em pregão morno e de liquidez moderada, o dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, cotado a R$ 4,8879 | Foto: Getty Images

O Ibovespa operou em leve viés de alta em boa parte do dia, mas a virada em Nova York do meio para o fim da tarde, ao negativo, chegou a tirar sustentação do índice da B3. Ao fim, com recuperação também em NY, o Ibov fechou em alta de 0,23%, aos 118.431,25 pontos, o quarto avanço consecutivo para o Ibovespa, vindo de alta de 2,70% na última sexta-feira.

Ao longo da sessão, o índice da B3 operou em margem bem estreita, de cerca de 713 pontos entre a mínima (118.044,82) e a máxima (118.757,52) do dia, em que saiu de abertura aos 118.159,97 pontos. Nessas primeiras sessões do mês, acumula ganho de 4,67% em novembro, que recoloca o avanço do ano a 7,93%. Após melhora na última sexta-feira, o giro financeiro voltou a se enfraquecer neste começo de semana, a R$ 18,5 bilhões. O dólar caiu 0,17% e fechou cotado a R$ 4,88.

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O ganho moderado da ação de maior peso individual no índice, Vale (ON +0,42%), contribuiu para que o Ibovespa não se aprofundasse na mesma direção de Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq nos piores momentos da tarde, em dia positivo também para Gerdau (PN +1,18%), que divulga balanço trimestral após o fechamento de hoje.

Ainda que em grau moderado, a sessão era majoritariamente negativa para os grandes bancos, à exceção de Itaú (PN +0,93%), antes do balanço trimestral, e de Banco do Brasil (ON +0,70%), mas Bradesco ON (+0,23%) e Santander (Unit +0,22%) também se alinharam ao positivo no fechamento. Petrobras perdeu força ao longo da tarde e fechou em baixa de 0,26% (ON) e de 0,08% (PN), com o petróleo limitando à faixa de meio por cento ganho na casa de 1% visto mais cedo, em Londres como em Nova York.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque nesta abertura de semana para BRF (+12,87%), Marfrig (+8,61%) e Minerva (+3,34%), com CVC (-9,23%), Yduqs (-8,85%) e Gol (-7,06%) no lado oposto.

Dólar cai a R$ 4,88 em dia de alta do Ibovespa

Em pregão morno e de liquidez moderada, o dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, cotado a R$ 4,8879. Pela manhã, a divisa até ensaiou uma alta, registrando máxima a R$ 4,9117, em movimento aparente de realização de lucros tendo o quadro fiscal como pano de fundo. Mas logo a febre compradora amainou. Na mínima, à tarde, a moeda desceu até 4,8849.

Segundo operadores, após o tombo de 1,54% do dólar na sexta-feira, na esteira de apostas em fim do aperto monetário nos EUA, investidores optaram hoje apenas por realizar ajustes finos de posições. Resultado de transações correntes de setembro, com déficit abaixo do esperado, mostra que a dinâmica das contas externas não autoriza apostas em uma depreciação do real.

Apesar da oscilação contida, o real foi, ao lado do peso colombiano, a única moeda entre as divisas emergentes e de exportadores de commodities a ganhar força em relação ao dólar. Analistas citam os saldos comerciais expressivos e a perspectiva de manutenção de diferencial de juros elevados, uma vez que o Banco Central deu sinais na semana passada de que não vai acelerar o ritmo de corte da Selic, como pontos que dão sustentação à moeda brasileira.

Lá fora, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes – apresentou leve alta, voltando a superar o nível dos 105,000 pontos, com ganhos mais forte da moeda americana em relação ao iene. As taxas dos Treasuries, que haviam recuado na sexta-feira com dados abaixo do esperado do relatório de emprego (payroll) em outubro, voltaram a subir hoje. A taxa da T-note de 10 anos avançou mais de 2%, para a casa de 4,66%, ainda bem longe dos picos de outubro, quando chegou a tocar 5%.

Em evento do BTG Pactual em São Paulo hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a mencionar a chamada erosão da base fiscal provocada por questões como exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins e a necessidade de diferenciar entre fluxo e estoque de dívida herdada. Sem mencionar a meta de déficit zero, Haddad disse que o governo dá tratamento técnico ao impacto desses pontos sobre o novo marco fiscal. Já o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, também em evento do BTG Pactual, que Haddad “ratificou, em reunião e publicamente, que vai continuar perseguindo o déficit zero”. (AE)

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