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Bolsa fecha em nível recorde após Fed indicar queda de juros em 2024

Ibovespa supera os 130,8 mil pontos, em alta de 1,06%, após o Federal Reserve sinalizar início da redução dos juros no primeiro semestre do ano que vem

Investimentos cotações

Market Risk on in 2024 Economic downturn with stock exchange market showing stock chart down and in red negative territory. Business and financial money market crisis concept.

O Ibovespa alcançou a maior pontuação da história em valor nominal nesta quinta-feira. Após ajustes, o índice subiu 1,06%, aos 130.842 pontos, superando a marca anterior, de 130.776 pontos, registrada em 7 de junho de 2021.

Os sinais mais suaves do Federal Reserve (Fed) elevaram o apetite global por risco, diante da sensação de que os juros nos Estados Unidos podem ser reduzidos antes do esperado. Esse sentimento derrubou as taxas dos Treasuries e os juros futuros locais, em um movimento que impulsionou as ações brasileiras.

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A máxima intradiária de hoje foi de 131.260 pontos, também superando o recorde nominal histórico, enquanto, na mínima do dia, o Ibovespa alcançou os 129.469 pontos. O volume financeiro para o índice no dia foi de R$ 25,60 bilhões.

Em Nova York, S&P 500 subiu 0,26%, aos 4.720 pontos, Dow Jones avançou 0,43%, para 37.248 pontos, e Nasdaq ganhou 0,19%, aos 14.762 pontos.

Dólar se valoriza mas perde força no fim do pregão

O câmbio doméstico sustentou forte valorização ao longo da sessão, mas perdeu força na reta final. Assim, o dólar terminou o pregão no mercado à vista em queda de apenas 0,07%, cotado a R$ 4,9144. A moeda americana se afastou bastante da mínima de R$ 4,8752 e o real mostrou um desempenho pior que o de alguns pares emergentes.

A derrubada do veto à desoneração da folha de pagamento ajudou a influenciar o humor dos agentes, que acompanharam com lupa as votações no Congresso Nacional e a busca do governo por medidas para aumentar a receita em 2024.

Antes de o mau humor interno praticamente zerar os ganhos do real, o câmbio doméstico conseguiu anotar movimento relevante de apreciação.

A sinalização mais suave do Federal Reserve (Fed) ontem deu apoio à procura por ativos de risco e derrubou a cotação do dólar, em movimento observado, ainda, nas taxas dos Treasuries.

Além disso, o tom mais cauteloso adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu o temor dos agentes em torno de um estreitamento acelerado do diferencial de juros, o que manteve o câmbio bem comportado.

Ouro fecha em alta de mais de 2%

O ouro fechou em forte alta nesta quinta-feira, de mais de 2%, retomando o patamar de US$ 2 mil após fechar abaixo dele nas últimas três sessões. O metal se beneficiou da precificação mais agressiva do mercado sobre cortes de juros nos Estados Unidos, após o Federal Reserve (Fed) suavizar sua postura na decisão de ontem.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro subiu 2,38%, a US$ 2.044,90 por onça-troy.

Os sinais mais “dovish” (suaves) do banco central americano vieram com as projeções mais benignas para a inflação e os juros, além dos comentários do presidente Jerome Powell, que admitiu que os cortes de juros já são um tópico de discussão entre os dirigentes do Fed.

Embora concorde com a visão de que a inflação e a economia dos EUA estão desacelerando, o analista Carsten Menke, do Julius Baer, pondera que não vê razão para o Fed alterar o rumo de sua política monetária tão cedo. “Portanto, vemos os preços do ouro em uma base frágil”, diz ele.

Na visão de Menke, a predominância de investidores de contratos futuros indica que há certa fragilidade no rali de hoje do ouro, já que não há fundamento claro para mais altas vindo da demanda por ativos de segurança.

“Os investidores de futuros especulativos e de curto prazo são amplificadores da volatilidade do mercado, pois tendem a mudar seu posicionamento rapidamente, principalmente quando os preços estão mudando de direção. O predomínio dessa modalidade de investimento e a ausência de pessoas que buscam refúgio seguro colocam os preços em uma base frágil, deixando mais riscos de baixa do que de alta e sustentando nossa opinião cautelosa sobre o ouro”, completa Menke. (Valor Econômico)

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