Ibovespa fecha estável aos 98 mil pontos, com destaque para o varejo

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, operou em certa volatilidade nesta terça-feira. A Bolsa chegou a cair e perder os 98 mil pontos, mas inverteu a trajetória no final da sessão e recuperou o patamar.

O índice avançou levemente 0,06%, aos 98.271 pontos, depois de oscilar entre 97.253 e 98.736 pontos. O volume financeiro desta sessão chegou a R$ 19,48 bilhões.

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Os índices americanos também ficaram instáveis durante a sessão, mas ao final o mau humor do mercado pesou e fecharam em queda. Dow Jones caiu 0,62%, já o S&P500 0,92% e Nasdaq, 0,95%.

Para Marcus Labarthe, da GT Capital Investimentos, o Ibovespa sofreu movimento de correção nesta terça-feira. Segundo ele, o resumo do dia foi a “oportunidade”. “O mercado entendeu que papeis que caíram mais de 80% abrem oportunidades de ganho no curto prazo, pois quedas excessivas são turbinadas com operações de venda”, explicou Labarthe.

E a oportunidade nesta sessão foram os papéis do varejo, que ficaram entre as maiores altas do índice. Magazine Luiza subiu 11,41%, Via Varejo, 9.44% e Americanas, 8,26%. Este comportamento deste setor ajudou o Ibovespa a sustentar os 98 mil pontos, apesar da queda das commodities.

A piora da pandemia na China levou os preços das commodities para baixo. O minério de ferro, por exemplo, no mercado à vista, caiu mais de 7% em Qingdao, na China. O minério com 62% de teor de ferro recuou 7,64% e foi negociado a US$ 105 a tonelada.

Já o barril do petróleo Brent, o referência mundial, caiu mais de 7% nesta sessão, ficando abaixo de US$ 100. O contrato futuro do óleo para entrega em setembro em Londres, fechou em queda de 7,11% e foi negociado a US$ 99,49%.

O mau desempenho das commodities energéticas fez as ações das petroleiras recuarem nesta sessão. Os papéis da Petrobras caíram mais de 1%. A PETR4 teve baixa de 1,50%, a PETR3, 1,96%, a 3R Petroleum perdeu 6,46% e foi a maior queda do Ibovespa.

No cenário local, o que o que afetou o mercado nesta terça-feira foi a votação na Câmara dos Deputados do pacote de benefícios, que pode levar o Brasil ao descontrole fiscal.

A estimativa é de que os gastos do governo devem superar em R$ 41 bilhões o teto para este ano.